domingo, 8 de junho de 2008

Angeja: O meu passado, presente e futuro


Em Novembro de 2002, tive efectivo conhecimento que o trisavô Francisco Nunes de Oliveira, do meu ramo materno, havia nascido em Angeja, corria o ano 1853.

Angeja era-me completamente desconhecida e, como tal, dada a minha forma de estar perante a vida, iniciei de imediato buscas sobre a localidade. Sendo um aficionado das novas tecnologias, fui pesquisar Angeja na Internet e encontrei alguma informação, que ainda hoje guardo religiosamente. Neste meu primeiro contacto com Angeja fiquei de imediato agradado com as fotos que vi, assim como com uma frase que li: “(…) é uma das freguesias com um passado histórico muito importante (…)”. A partir daqui o meu nível de interesse sobre Angeja começou a aumentar exponencialmente. Efectivamente, a ansiedade começou, a partir daí, a tomar conta de mim.

Passados poucos dias desta pesquisa e tendo que me deslocar a Aveiro, por motivos profissionais, tive a oportunidade de visualizar uma placa indicativa na estrada que dizia em letras garrafais “Angeja”, o que consistiu noutro momento interessante nesta minha descoberta sobre a Vila, pois o caminho, de forma natural, abria-se.

Lembro-me de, nessa ocasião, ter pensado: “depois do seminário, vou a Angeja”. E assim fiz. Ao início da noite, quando voltava à Trofa, fui a Angeja e, lentamente, conduzi o carro pela rua principal, “devorando” as casas antigas, a igreja, a Praça da República, o pelourinho... Como era noite, a iluminação conferia um carácter encantador a todos estes edifícios. Lembro-me de ter pensado, “onde teriam morado os pais do trisavô?”.

Vim-me embora com uma sensação de alegria e pensei: “bem, tenho de cá voltar”. E assim fiz. No domingo seguinte, desloquei-me com amigos ao cemitério local e fui pesquisar campas onde houvesse inscrições com o nome de família “Nunes de Oliveira”. Estava um belo dia de sol, o que foi muito útil para que continuasse a ter uma boa impressão da Vila, pois as pesquisas que realizei no cemitério revelaram-se infrutíferas.
(...)
Fruto destes contactos, comecei por ser assinante do Jornal D’Angeja e, mais tarde, seu colaborador. Inicialmente, vi alguns dos meus textos publicados no Jornal e, posteriormente, fui participando activamente em várias das actividades da “Associação Os Amigos do Jornal D’Angeja”, da qual sou agora Associado.
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Curiosamente, ainda não sabia que as minhas origens eram do Fontão, quando, neste Verão, fiz uma visita guiada pela freguesia e a conheci aprofundadamente, ficando na altura encantado com este lugar. Seria o sangue a chamar?

Até ver, Angeja - meus passado, presente, e, certamente, futuro - é uma terra de pessoas dinâmicas, não obstante os ventos que, por vezes, sopram menos favoráveis, e é uma terra de recantos encantadores que, melhor ou pior, têm vindo a ser alvo de requalificação.

Ao Jornal e à Associação desejo uma quadra natalícia repleta de momentos vividos em pleno, sabendo que sempre poderão contar com a minha colaboração e apoio nos projectos que estão na forja.

Fonte: Luís Moura Serra, MarForum

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