sexta-feira, 15 de maio de 2009

Bento Álvares Ferreira (1817-1884)


Bento Álvares Ferreira nasceu em 27 de Março de 1817, na Rua de Cima (hoje Rua Dr. Alexandre de Albuquerque), em Albergaria-a-Velha, onde foi baptizado em 7 de Abril do mesmo ano na Igreja Paroquial de Santa Cruz, pelo Padre José Bernardino Gonçalves, tendo por padrinhos: seus primos, Patrício Theodoro Álvares de Carvalho e D. Maria Benedita Álvares Ferreira.

Era filho de Manuel Ferreira dos Santos Júnior, proprietário, e de sua mulher D. Maria Clara Álvares D’Oliveira, neto paterno de Manuel Ferreira dos Santos e de sua mulher D. Agostinha Álvares da Silva, e neto materno dos 1.ºs Senhores da “Casa do Mouro”, Francisco Dias D’Oliveira e sua mulher D. Maria Joana Álvares Ferreira.

Casou em 11 de Fevereiro de 1846, na Igreja Paroquial de Santa Cruz de Albergaria-a-Velha, num acto celebrado pelo Rev. Cura António Marques de Campos, com sua prima em 3.º e 4.º grau de consanguinidade, D. Matilde Angélica Álvares de Carvalho, filha dos 3.ºs Senhores da “Casa de Santo António”, António Constantino Álvares de Lemos Tavares e Carvalho e sua mulher D. Theodora Angélica Álvares Ferreira de Carvalho.

Bento foi “Homem de vasta cultura e desempenhou papel relevante na vida local, precisamente quando o Concelho, criado em 1834, carecia de quadros habilitados para a sua organização e consolidação”.

Foi Secretário da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha, de 1839 a 1842, altura em que redigiu e dispôs as primeiras “Posturas da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha”, em 1841, notável documento do municipalismo português.

Mais tarde, foi Vereador e Presidente da Câmara Municipal. Durante oito anos desempenhou o cargo de Administrador do Concelho, de 1848 a 1857, tendo sido ainda Administrador das Minas da Pena, em Valmaior, até 1862 e Juiz Ordinário do Julgado de Albergaria-a-Velha.

Em 1870, publicou na Imprensa da Universidade de Coimbra a sua obra “Biblioteca da Gente do Campo”, uma enciclopédia de cerca de 600 páginas, que ele compendiou e redigiu, e que teve grande aceitação do público, como repositório de conhecimentos e ensinamentos sobre o meio rural, que na altura era a maioria do nosso país.

Foi ainda, em 1855, um dos fundadores e animadores da Irmandade de Nossa Senhora do Socorro, confraria que ergueu a Capela da Nossa Senhora do Socorro e iniciou um culto e uma festividade marcantes na vida albergariense.
Faleceu na sua “Casa do Agro”, em 5 de Dezembro de 1884, com 77 anos, deixando três filhos: Patrício Theodoro, José Vicente e João Patrício Álvares Ferreira.

Fontes: Delfim Bismarck Ferreira / Geneall.net / António Homem de Albuquerque Pinho (“Gente Ilustre em Albergaria-a-Velha”)

1 comentário:

marques disse...

http://simecqcultura.blogspot.com/2009/01/borda-dgua-1929-2009.html

À casa enfestada de pulgas, como succede quando deixa de ser habitada, mettam-se n'ella alguns carneiros ou ovelhas por algumas horas. As pulgas immediatamente sobem para dentro das lãs, morrem no ludro das mesmas lãs e todo o recinto fica limpo.