sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Igreja Matriz de São João de Loure

A Igreja Matriz é do século XIII, e a sua restauração data de 1688, estando erguida junto ao cais de embarque do rio Vouga, sito na Rua da Barca, sendo a “bateira” um dos meios de unir as duas povoações (S. João de Loure e Eixo).



Fonte: Banda Sanjoanense

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

“Os Moinhos de Fontão” do Cine-Clube de Angeja


Carlos Silva (Portugal), co-autor e co-realizador da primeira longa-metragem da animação portuguesa, “Até ao Tecto do Mundo”, é fundador e dirigente do Cine-Clube de Angeja, desenvolvendo aí actividades cineclubista e de animação cultural.

Dirigiu a montagem de várias dezenas de curtas-metragens de ficção e animação, séries de animação e documentários, sendo o responsável por esta área no Cine-Clube de Avanca.

Carlos Silva é igualmente o autor do documentário “Os Moinhos de Fontão”, produzido pelo Cine-Clube de Angeja com o apoio do Cine-Clube de Avanca, o qual foi distinguido no Festival Cine’Eco’98, IV Festival Internacional de Cinema e Vídeo de Ambiente da Serra da Estrela, com uma menção honrosa.

Fontes: CineEco, Festival Avanca,

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Moinhos de Freirôa (Postal)

Para além de serem dos moinhos de maior dimensão, o núcleo de moinhos da Freirôa será, também, dos mais antigos existentes nas margens do Rio Caima no concelho de Albergaria-a-Velha.

Inicialmente, os Moinhos da Freirôa eram compostos por apenas 4 rodas situadas na denominada “Casa Velha”. Posteriormente e até ao fim da sua actividade, era composto por um total de 14 rodas distribuídas por várias casas.

Além disso, possui vários anexos, os quais eram utilizados como currais para os animais que eram usados como meio de transporte pelos moleiros. Estes eram, à data de 2002 e apesar do abandono e da ruína, dos exemplares dos moinhos do Rio Caima que se encontravam em melhor estado de conservação.



Fonte: Moinhos de Portugal; Pormenor de bilhete postal "Albergaria-a-Velha - Trecho do Rio Caima" (1913)

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Fundição Penedo Beira


No passado dia 12 de Março a AIMMAP, representada por Rafael Campos Pereira e Mafalda Gramaxo, visitou o seu associado "Fundição Penedo Beira, Lda", em Albergaria-a-Velha.

Constituída há aproximadamente 29 anos, esta empresa tem como gerente e principal sócio Manuel Neves, o mais antigo fundidor em Portugal.

Manuel Neves iniciou a sua actividade profissional com 12 anos numa empresa de fundição, tendo-se mantido desde então, ao longo dos 60 anos seguintes, de forma ininterrupta, em empresas deste tão importante sub-sector, inicialmente como trabalhador e mais tarde como empresário.

Durante o seu notável percurso, Manuel Neves chegou a possuir a maior fábrica de fundição em Portugal: a Fundição da Beira, localizada na cidade da Beira, em Moçambique, então parte do território português.

Mantém actualmente toda a sua energia ao serviço do sector, continuando activo na gestão da Fundição Penedo Beira.

Esta empresa, por seu turno, tenta continuar a ser uma referência na actividade em que se insere, beneficiando da enorme experiência e dos vastos conhecimentos técnicos do seu gerente e sócio Manuel Neves. (...)

Fonte: In Metal – Boletim da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica, Março de 2008

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Zona Industrial de Albergaria-a-Velha (1987)


Foi no último mandato do Presidente José Alves que se decidiu demarcar uma Zona Industrial, para nela se instalarem, de futuro, todas as indústrias do Concelho.

Esta decisão foi criticada em vários tons e por várias razões, nomeadamente por impedir a instalação de indústrias a belo prazer dos empresários e por vir a constituir um perigoso foco de poluição. (...)

O processo de negociação e (ou) expropriação dos terrenos foi moroso, mas cometeu-se um erro básico: quis-se abranger toda a área em vez de se avançar por fases. E o mesmo se passou com as infra-estruturas.

Teria sido preferível marcar sectores, estabelecer prioridades, definir objectivos e faseá-los no tempo.

Não se atraem empresários e indústrias sem electricidade, sem a rede primária de esgotos e sem as vias que vertebrem o sistema.

Ainda hoje se sente isso mesmo. Mau grado as deficiências apresentadas, construiram-se desde 1980 para cá, pelo menos quatro novas instalações industriais, e mais duas estão em fase de acabamento.

Quando se inaugurou a Volvo, em 5 de Dezembro de 1981, como que começou um segundo folêgo da Zona Industrial, apesar de se descortinarem já os alvores da Crise Económica, que veio a persistir até aos dias de hoje.

A seguir nasceu a DURITE, que marcou decisavamente a qualidade da Zona Industrial, quer pela sua arquitectura exterior, quer pela sua tecnologia.

A vida da Zona Industrial continuou a crescer, tendo recentemente sofrido mais um impulso positivo, com o início da laboração da nova Fábrica de Confecções Albergaria.

E já se vislumbravam novas unidades que alargarão, quer a área, quer o leque de actividades.

Se incluirmos na Zona Industrial, como é devido, a Litocerâmica, a Pavileca, as novas unidades de Confecções que vão instalar-se nos Areeiros, nos edifícios ali já construídos, a fábrica da Part-Time e a da Norterssências, em acabamento, podemos concluir que, até ao fim do ano o conjunto de indústrias representarão mais de 500 postos de trabalho, e abrangerão os sectores de Cerâmica, Madeiras, Metalurgia, Metalomecânica, Químico, Mobiliário, Automóvel, Construção Civil e Confecções.

Esta variedade, que gera complementaridades é, em si mesma, um factor de aceleração do crescimento. (...)

Lembra-se que vamos precisar de capacidade hoteleira, que não temos, e de um bom Centro de Saúde que ainda não conseguimos. Mas conseguiremos, se o quizermos.

Resumindo:

A Zona Industrial, sonho do Presidente José Alves, que ajudamos a acalentar e a quem prestamos daqui sincera homenagem, caminha para ser uma realidade.

Dotá-la das infra-estruturas básicas para atrair os empresários é fundamental.

Preservá-la de indústrias poluentes indesejáveis e controlar os níveis de poluição das existentes e das que se instalarem é tarefa indeclinável.

Criar espaços verdes que amenizem a concentração fabril é uma medida humanizante.

A Zona Industrial pode muito bem vir a ser, a curto prazo, fonte de vida e de prosperidade para Albergaria.

Assim o queiram a Autarquia Municipal e os empresários.

Fonte: Flausino Pereira da Silva, Beira Vouga , 1 de Agosto de 1987 (adaptado)

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Núcleo Megalítico do Taco

Inicialmente composto por três mamoas, compreende actualmente apenas duas, pois uma foi arrasada, a Mamoa 1 e a Mamoa 3. O aspecto destes monumentos é o de um grande montículo em terra, de formato sub-circular, com depressão central, indicando terem sido violados. Estes montículos ou tumuli, cobrem câmaras funerárias muito diversas.

A Mamoa 1 do Taco cobriu um grande dólmen de câmara poligonal, com seis esteios e pequeno corredor, aberto a nascente, marcado por dois pequenos esteios. A Mamoa 3 cobriu inicialmente um dólmen de câmara poligonal ou sub-circular, de que só resta a fossa de colocação dos esteios e, posteriormente, uma câmara poligonal rodeada por murete em pedra solta, aberto a nascente.

Mamoa 3


Fonte: Folheto CMAV

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

domingo, 5 de outubro de 2008

Sizenando Evaristo Rodrigues Ribeiro da Cunha (1916-1969)


Sizenando Evaristo Rodrigues Ribeiro da Cunha nasceu em Ouca, Vagos, em 12 de Março de 1916. Era filho do distinto médico Carlos Alberto Ribeiro da Cunha e de Maria Joaquina Rodrigues, que residiram em Eixo até à morte.

Quando casou com D. Vergília Maria Andrea Manta de Andrade Pais veio residir para S. João de Loure numa casa arrendada no Largo 5 de Outubro, assim chamado em sua homenagem após o 25 de Abril de 1974. Mais tarde edificou a sua residência e a Clínica, que ainda hoje ostenta o seu nome.

Este Médico trabalhou sem horário nem fins-de-semana, a todos acolhendo com o mesmo carinho e disponibilidade. Era o consolo e a salvação dos doentes necessitados, a quem acudia gratuitamente a qualquer hora do dia ou da noite com o seu saber, a sua “farmácia” e muitas vezes outros bens materiais, contando sempre com a prestimosa colaboração da sua dedicada esposa, carinhosamente chamada D. Gila. O casal teve dez filhos, que criou com desvelo. Porém, a morte surpreendeu-o demasiado cedo. Faleceu a 30 de Maio de 1969, com apenas 53 anos.

Fonte: Banda Velha União Sanjoanense


Homenagem (5 de Outubro de 2007)

O Dr. Sizenando Ribeiro da Cunha foi homenageado em S. João de Loure com o descerramento de uma placa e um busto, junto à clínica que fundou.

O Dr. Sizenando foi, durante toda a vida, um dos grandes lutadores anti-fascistas do concelho de Albergaria e do país. Defensor acérrimo dos ideais republicanos, sempre comemorou o dia 5 de Outubro, ainda que os custos tenham sido elevadíssimos, face à perseguição da PIDE, a polícia política do regime de Salazar e Caetano.

Face ao seu exemplo, alargado aos seus dotes de benemerência e apoio aos mais desfavorecidos - um alargado grupo de cidadãos de S. João de Loure decidiu homenagear a sua memória, com a colocação de um busto e uma placa. Para o efeito, foram angariados fundos por toda a freguesia, tendo a Junta de Freguesia local e a Câmara Municipal de Albergaria dado também o seu apoio e contributo financeiro.

Dia 5 de Outubro, filhos, netos e bisnetos do homenageado estiveram no Largo 5 de Outubro, onde o busto foi erigido (...)

As Bandas Velha União Sanjoanense e União Pinheirense juntaram-se na homenagem. O dr. Sizenando sempre foi um adepto e amigo confesso das duas filarmónicas.

Fonte: Jacinto Martins

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Loja do Miguel (1915)



Fonte: “Albergaria-a-Velha – Oito Séculos do Passado ao Futuro”, António Homem de Albuquerque Pinho

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

António Marques Pereira (18-- - 1935)


Nascido numa família de medianos proprietários e agricultores, começou a sua actividade como pequeno comerciante. Graças à sua capacidade de trabalho, honestidade e inteligência não só desenvolveu o negócio, como entrou na construção civil e, abarcando os conhecimentos necessários, obtém o título de arquitecto e projecta alguns dos belos edifícios da vila, na viragem do século, como o que foi sua moradia e em cujos amplos baixos ficava o seu grande estabelecimento – A Central, que, na época, era um hipermercado, pela variedade, excelência e quantidade de produtos que vendia.

Por diversas vezes exerceu o cargo de vereador da Câmara Municipal e também era seu Presidente quando se realizou o alargamento da estreita e estrangulada rua de Campinho, da Igreja à Santa Cruz, com um subsídio concedido pelo Governo, graças ao empenhamento pessoal do Dr. Jaime Ferreira.

Conseguiu assim uma das mais reclamadas e necessárias obras da vila, sem quaisquer conflitos com os inúmeros proprietários que ao longo da rua viram parcelas maiores ou menores dos seus quintais e prédios cortados, os quais foram reconstruídos e murados com certa uniformidade.

António Marques Pereira foi alguém que por si próprio, pela sua personalidade, conquistou o respeito e a amizade dos seus conterrâneos, como dizia o “Jornal de Albergaria”. Pelo seu trabalho e conduta irrepreensíveis, de pequeno comerciante tornou-se no maior do Concelho e empenhou-se sempre no desenvolvimento da nossa terra.

Faleceu em Novembro de 1935.

Fonte: António Homem de Albuquerque Pinho, Gente Ilustre em Albergaria-a-Velha (adaptado)