Angeja (Ansegia) aparece em registos históricos desde o ano de 1166 e, ao longo dos séculos, mereceu sempre referências nos documentos relativos à região de entre as Terras de Santa Maria e Coimbra.
Uma das mais antigas vilas do País, Angeja recebeu Foral do rei D. Manuel I, em 15 de Agosto de 1514.
Apesar da riqueza local (produções agro-pecuárias e produtos do artesanato), os exagerados pagamentos ao clero e à nobreza, que incidiam sobre toda a actividade produtiva da população, e as pestes ocasionais provocaram algum atraso no crescimento de Angeja, o qual só começou a ser mais notório a partir do séc.XVII.
A construção da Igreja Matriz, inaugurada em 1613, substituindo a Capela de Santa Ana, demonstra a importância do povoado de Angeja, na época em que o crescimento demográfico era determinado pela autonomia e riqueza da paróquia.
Aliás, os vestígios do poder económico das famílias que se dedicavam à agricultura são visíveis nas belas e senhoriais casas que, em ruas e vielas, ainda podemos admirar, assim como nas construções do próprio cemitério, iniciado em 1877.
E a realização mensal da Feira dos 26, onde se negociava gado, louça de barro, tecidos e todos os outros bens de consumo, a par de importantes estabelecimentos comerciais instalados na Praça e nas Ruas do Comércio e da Pereira, atraíam os habitantes de todas as freguesias vizinhas, comprovando a importância de Angeja na região.
Acompanhando o desenvolvimento económico, também sustentado pelos feitos dos emigrantes na América e no Brasil, é reconhecido o envolvimento da população angejense em actividades culturais através da existência de uma Casa de Teatro, da fundação da Philarmónica Angejense, em 1867, e da criação do primeiro jornal do Concelho, o Bouquet de Angeja, em 1887, seguido de muitos outros, até ao actual D’Angeja.
Fonte: Maria Helena Vidinha Trindade, Directora do Jornal D’ANGEJA
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