A partir de meados do século XIX, o desenvolvimento das vias de comunicação vai contribuir para o aproveitamento das matérias primas locais.
Indústrias mineiras situaram-se nas zonas interiores do município que são ricas em minérios de chumbo, cobre, zinco, níquel e prata. Laboraram, com intensidade e proveito, principalmente as minas de Coval da Mó, Telhadela, Carvalhal e Palhal, as quais se encontram hoje desactivadas.
A três décadas do termo desse século começou a chegar a primeira industrialização fabril. (...) Foi José Luíz Ferreira Tavares, homem de superior inteligência, que (...) regressado de Lisboa, onde permanecera cerca de 20 anos, conseguiu introduzir aqui os princípios necessários para tal empresa.
Alferes da Fonte |
Associou o irmão, Manuel Luíz, conhecido pelo Alferes da Fonte, por ter sido alferes de milícias e morar na casa-mãe da família, situada no Largo da Fonte.
(...) Aproveitava a riqueza enorme que representava a matéria constituída pelos vastos pinhais que circundavam Albergaria, em boa parte semeados nos baldios por iniciativa do pai de ambos, o capitão Miguel Luíz Ferreira.
(...) os irmãos Ferreira mandaram vir maquinaria para creosotagem dos dormentes [para os caminhos de ferro] e dos postes de madeira de pinheiro [para as linhas telegráficas], assegurando assim a sua fácil colocação no mercado a preço compensador.
A instalação preparadora ficava entre a Semouqueira e a estrada Porto-Lisboa, no local da actual Zona Industrial, e o povo durante largos anos continuou a designar o sítio por “a máquina”.
Fonte: António Homem de Albuquerque Pinho, “Albergaria-a-Velha – Oito Séculos do Passado ao Futuro”
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