A notícia da proclamação em Lisboa, em 5 de Outubro de 1910, logo alcançou Albergaria-a-Velha, onde não havia Republicanos convictos.
Em 4 de Outubro tinha-se realizado a última sessão ordinária da Câmara Municipal no regime monárquico. Era presidente, Bernardino Máximo de Albuquerque e vice-presidente, António Domingues Pinto. A acta desta sessão já não foi assinada pelos que nela estiveram presentes, mas pela nova vereação que só se reuniu no dia 12 de Outubro, como: "Comissão Republicana Municipal do Concelho de Albergaria-a-Velha" sob a presidência do Dr. Manuel de Lemos.
O novo regime entrou pacificamente, mas algum tempo, depois, iniciaram-se perseguições e prisões que se mostraram sem fundamento.
Em 1912 realizaram-se eleições municipais e o "Partido Unionista" venceu. A visão social e política vai normalizando, mas a economia não evolui devido à instabilidade política e à participação de Portugal no 1º Grande Guerra.
Fonte: Albercultura (Dr. António Homem de Albuquerque Pinho)
2 comentários:
31 de Janeiro de 2010
"No final dos combates,os três oficiais que estiveram no centro da luta e que foram os chefes militares da Revolta seguiram destinos diferentes.
O capitão Leitão(....)que foi o último a abandonar o edifício da Câmara,apareceu no dia 1 de Fevereiro numa taberna de Albergaria-a-Velha,e quando se preparava para comer uma sopa foi reconhecido por um padre,que o denunciou.
Foi preso e no dia seguinte estava no Porto,dando entrada na cadeia da Relação.O tenente Coelho apresentou-se logo no dia 1 de Fevereiro ao sub-chefe EM da R.M.Porto,a quem apresentou a espada em sinal de rendição.
Foi detido e logo a seguir conduzido ao Castelo da Foz,onde ficou "custodiado à vista". O alferes Malheiro logrou sair da cidade e do País(........)."
http://wwwsivispacem.blogs.sapo.pt/9581.html
A tentativa revolucionária republicana [31-01-1891] fracassou.
Alguns dos implicados conseguiram fugir para o estrangeiro. O Capitão Leitão procurou refugiar-se em Farminhão.
No percurso, ao passar por Albergaria-a-Velha, foi reconhecido e entregue às autoridades locais.
Julgado por um Conselho de Guerra, a bordo de um navio atracado ao largo de Leixões, foi condenado na pena de 6 anos de prisão maior celular, seguidos de 10 anos de degredo ou, em alternativa, na de 20 anos de degredo, na colónia de Angola.
Chegado a Angola, consegue fugir para o Congo, depois para Paris e finalmente para o Brasil, onde permaneceu até 1901, colaborando com as autoridades no poder.
Regressou então a Portugal, vindo a morrer no dia 14 de Janeiro de 1903.
No inicio dos anos 90 o executivo camarário viseense prestou-lhe homenagem, ao atribuir o nome Capitão Leitão a uma rua, que vai, na perpendicular, da Rua Alexandre Herculano à Rua Dr. António Aires de Matos, tendo a meio a Rua 31 de Janeiro.
Também na sua terra natal existe uma artéria designada Rua Capitão Leitão.
http://www.geneall.net/P/forum_msg.php?id=252104
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