
Retornou ao Brasil em 1957, mas não se esqueceu da sua aldeia, tendo publicado, em 2008 (meio século depois), em edição de autor, o livro "Cacos da Memória", sua primeira experiência literária.
Minas do Palhal
"A minha aldeia é e sempre será Minas do Palhal (acho que agora só Palhal), com seus moinhos e açudes, a levada e a Central Eléctrica, a ponte sobre o Caima, o seu casario rústico, as ovelhas, os carros-de-boi e as camionetes levando madeira ao Carvalhal, com a fábrica funcionando, apesar de ter sido desactivada, os pinheiros e eucaliptos, carvalhos e sobreiros, e as mimosas amarelando na primavera.
Com tudo que há e havia. E o Caima será sempre o rio que passa pela minha aldeia, como dizia o Fernando Pessoa."
Família
"Meu pai, Benjamin Ventura, era de Ribeira de Fráguas, de um lugar chamado Casaldelo; minha mãe, Ana Rodrigues, do Palhal, da banda que pertence à mesma freguesia, já que o Caima divide a aldeia em duas partes.
Vivi com a família, por aproximadamente dez anos, na outra banda, margem direita do Caima, que pertence à freguesia da Branca, onde fiz a minha 1ª comunhão."
"Cacos da Memória"
"O livro 'Cacos da Memória' trata desse período, que lá vivi. Foi uma infância boa, apesar das dificuldades, mas não tínhamos consciência disso: parece que o ser humano nunca está satisfeito.
Papai sonhava em radicar-se definitivamente em Portugal; é desse sonho que falo no livro, embora resumidamente, com foco principal na minha infância: as histórias, as brincadeiras, o desempenho escolar, os eventos da aldeia, a vizinhança e histórias de outros moradores, enfim, como deixei registrado na página de rosto do livro - ASPECTOS BIOGRÁFICOS, SOCIAIS, ECONÓMICOS E CULTURAIS NUMA ALDEIA PORTUGUESA."
Fontes: João Antônio Rodrigues Ventura / Novos Arruamentos
Mais informações: Etiqueta "Cacos da Memória" (in Blog "Vô Tonico")
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http://minasdemim.blogspot.pt/2013/05/cacos-da-memoria-de-joao-antonio.html
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