No município de Albergaria-a-Velha apenas existe um edifício classificado como Escola Conde Ferreira.
Actualmente, e após obras de requalificação, este edifício [conhecido como escola do Tribunal] alberga a Biblioteca Municipal e a Junta de Freguesia de Albergaria-a-Velha.
Legado financeiro
No ano de 1866, o Conde Ferreira deixa em testamento (Março), um legado financeiro de 144.000$000 réis ao qual se juntará um subsídio complementar de 10.000$000 réis do governo destinado à construção de 120 casas escolares.
Como forma de regulamentar esta acção edita-se uma portaria, datada de 20 de Julho do mesmo ano. Nos vários requisitos estipulados nesta legislação impõe-se uma área de terreno circundante ao edifício, com planta preestabelecida, não inferior a 600 m2; além da comparticipação das entidades locais (Câmara, no caso concreto) de uma "verba não inferior a 400$000 réis para a construção da escola pretendida".
Escolas Conde Ferreira
O Conde Ferreira foi um dos grandes impulsionadores da instrução pública em Portugal. Deixou um legado para a construção e mobília de 120 escolas primárias de ambos os sexos em terras que fossem cabeças de concelhos, todas com a mesma planta e com habitação para o professor, sendo depois de terminadas entregues às respectivas juntas de paróquia.
O seu custo por unidade não deveria exceder 1 200$000. (...)
91 escolas em todo o país
Foram muitas as autarquias que concorreram e este foi o primeiro passo para o surgimento, em vários municípios, de norte a sul de Portugal, de edifícios com uma arquitectura simples, funcional e facilmente identificável. (...)
Das 120 escolas previstas no testamento do conde, foram construídas 91, das quais 21 foram, entretanto, demolidas. As restantes 70 continuam a funcionar para os mais diversos fins, desde ensino a serviços municipais, passando por sedes de juntas de freguesias, bibliotecas, museus municipais ou mesmo instalações de forças de segurança
Outras Características
A escola Conde Ferreira, seguindo um projecto apresentado em 1866, é encimada por um pequeno frontão, que lembra um campanário, apresentando-se como contraponto da igreja, com a qual procura concorrer, sendo um símbolo do positivismo nascente, aliado do progresso e da transformação social.
Conde Ferreira (1782—1866)
Joaquim Ferreira dos Santos foi um comerciante e filantropo natural do Porto.
Tendo conseguido uma grande fortuna no Brasil e em África, em boa parte pelo tráfico de escravos de Angola para o Brasil, após o seu regresso a Portugal dedicou-se à filantropia: fez construir 120 escolas primárias em Portugal e contribuiu com valiosos donativos para a Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, para a Santa Casa da Misericórdia do Porto e para outras instituições de beneficência.
Fontes/Mais informações: wikipedia / Assembleia Municipal de Sesimbra
Colaboração: Mário Martins (foto)
1 comentário:
http://projectopne.blogspot.com/2010/10/concurso-nacional-de-jornais-escolares_1393.html
e! escrita Irrequieta - Branca
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