terça-feira, 7 de junho de 2011
"Oleiros de Angeja" de Eduarda Lapa (1896-1976)
Obra pertencente ao Museu de Aveiro
Fonte: Matrizpix
Eduarda Lapa
Maria Eduarda Lapa de Sousa Caldeira (Trancoso, 15 de Outubro de 1895 — Lisboa, 9 de Setembro de 1976), mais conhecida por Eduarda Lapa, foi uma pintora e professora de pintura.
Esta professora, discípula de José Malhoa (que pintou "O Vouga em Angeja"), tinha uma pintura naturalista, trabalhando também o retrato e a natureza-morta.
Na sua actividade pictórica destacou-se pela excelência na técnica da pintura a óleo e pastel, e no desenho de traço seguro, correcto e elegante. Especializou-se em naturezas-mortas e principalmente em flores, sendo considerada entre os grandes cultores daquele género. Foi sócia efectiva da Sociedade Nacional de Belas Artes e a primeira mulher a integrar a direcção da instituição.
Região de Aveiro
A sua obra apresenta, também com êxito, paisagens rústicas, magníficas marinhas, em especial trechos ribeirinhos. A zona de Aveiro e da Areia Branca proporcionavam-lhe os motivos referentes às gentes do mar, como os pescadores ou os barcos moliceiros da ria de Aveiro, as praias da Torreira, da Costa Nova e da Nazaré.
Captou também as feiras, os palheiros, as ruas e pátios, casas velhas, entre outros motivos. Mas a sua grande paixão era a representação da figura humana, quer em retratos, quer em composição livre.
Fontes: Wikipedia / Teresa Sancha Pereira
Angeja nas palavras de Maria Eduarda Lapa (pintora e paisagista)
Lisboa, 7/7/1937
-----É sempre díficil para mim ter de trocar os pincéis por uma pena: não gira nas minhas mãos inábeis com leveza, como, quando trabalho numa tela de flores ou de água. Angeja! quantos encantos possui e de quantas coisas belas não só nos inspira, como vêm de encontro a nós sem que seja necessário procurar - quanta vez, tanta canceira! Labor díficil para um artista pintor.
-----Angeja, é de uma beleza magestosa - o entardecer é inebriante da poesia, quanto o contemplei, quási com misticismo e adoração!
-----Surgem a cada momento quadros, quadros cheios de interesse que se oferecem aos nossos olhos, como as riquíssimas margens do Vouga... aquele vai-vem dos tradicionais carros de bois atravessando o rio. Evoco claras manhãs, como recordo manhãs de brume tão da minha simpatia!
-----E a povoar essa paisagem de maravilha as figuras animadas, elegantíssimas, das suas lavradeiras.
Fonte: "Angeja e a Região do Baixo Vouga" de Ricardo Nogueira Souto (em Angeja no sapo)
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4 comentários:
Lisboa, 7/7/1937
-----É sempre díficil para mim ter de trocar os pincéis por uma pena: não gira nas minhas mãos inábeis com leveza, como, quando trabalho numa tela de flores ou de água. Angeja! quantos encantos possui e de quantas coisas belas não só nos inspira, como vêm de encontro a nós sem que seja necessário procurar - quanta vez, tanta canceira! Labor díficil para um artista pintor.
-----Angeja, é de uma beleza magestosa - o entardecer é inebriante da poesia, quanto o contemplei, quási com misticismo e adoração!
-----Surgem a cada momento quadros, quadros cheios de interesse que se oferecem aos nossos olhos, como as riquíssimas margens do Vouga... aquele vai-vem dos tradicionais carros de bois atravessando o rio. Evoco claras manhãs, como recordo manhãs de brume tão da minha simpatia!
-----E a povoar essa paisagem de maravilha as figuras animadas, elegantíssimas, das suas lavradeiras.
Maria Eduarda Lapa
(pintora e paisagista)
Livro RNS
http://angeja.no.sapo.pt/angeja.swf
Terão sido visitas da familia de Augusto de Castro ?
Pintora Eduarda lapa com as suas cores inconfudiveis rosas paizagens marilhas são de uma beleza extraordinaria iuconfundiveis e incoparaveis e duma beleza só a eduarda lapa ogirigada
aureliano martins robalo
Eduarda lapa ogridada aureliano martins robalo
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