O inventário mais completo destas expressões funerárias pré-históricas em Albergaria-a-Velha deve-se a Fernando Augusto Pereira da Silva e está incluído no repertório do megalitismo a Sul do Douro (bacias do Vouga e do Alto Paiva) que constitui o primeiro volume da sua tese de doutoramento, que se mantém inédita.
Este investigador registou doze monumentos megalíticos no concelho, quatro deles já destruídos à data (1996):
- as mamoas 1, 2 e 3 do Taco, freguesia de Albergaria-a-Velha e Valmaior, referidas por Leite de Vasconcelos (1912), tendo entretanto a mamoa 2 sido destruída;
- as mamoas 1 e 2 da Senhora do Socorro, na mesma freguesia, visitadas por Fernando Silva em 1982 e que foram “pouco tempo depois destruídas”;
- a mamoa das Arrôtas, Cavada Nova ou Açores, monumento registado por Leite de Vasconcelos em 1912 e actualmente classificado como Bem patrimonial de Interesse Público;
- a mamoa 1 de Cabeço de Mouros, Telhadela;
- as mamoínhas 1 e 2 de Beduído (Albergaria-a-Velha e Valmaior);
- a mamoa de São Julião, dentro do povoado do mesmo nome, na freguesia da Branca;
- a mamoa Negra ou da Areia, em Angeja, achava-se já destruída;
- a mamoa do Cabeço ou Monte Redondo, também chamada do Boi ou Cova da Moura, em Alquerubim, tinha visto o seu tumulus arrasado mas conservava ainda esteios da câmara funerária original.
De todos estes monumentos funerários apenas a Mamoa de Açores, que se encontra classificada, e as sepulturas 1 e 3 do Taco estão cartografadas na Carta de Património do Plano Director Municipal, enquanto no Portal do Arqueólogo se registam tão somente as mamoas 1 a 3 do Taco, a mamoa de Açores e a das Arrotas, entendidas erroneamente como distintas. Não obstante, há informações e até objectos relacionados com outros monumentos megalíticos, destruídos nas últimas décadas.
Fonte: António Manuel S. P Silva em "Revista Albergue" (adaptado)
Imagem inicial: Espólio arqueológico da Mamoa 3 do Taco, Albergaria-a-Velha. Reprod. de Pereira da Silva (1992)
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