sexta-feira, 20 de outubro de 2023

História dos Conjuntos (de música ligeira e moderna) do concelho de Albergaria-a-Velha (parte 1)

O Conjunto Sousa Nunes teve inicialmente origem na Banda Filarmónica Alba, onde tocavam Zeferino Sousa Nunes, o irmão Manuel, Manuel Abelheira, entre outros, que formaram a Orquestra Vale Maior (que teria um som mais ligeiro) e posteriormente o Conjunto Sousa Nunes, num estilo mais pop-rock, que fazia sucesso nos bailes da região, sobretudo após o ingresso no Conjunto de Carlos e Jorge Nunes, filhos de Zeferino, mas não chegaram a gravar discos nem lançar temas inéditos. 

O Conjunto Típico Estrela da Branca estreou-se em 1962 na Festa da Nossa Senhora da Alegria, em Albergaria-a-Nova. O Conjunto era então formado por Manuel Ferreira (mais conhecido por Manuel Barbeiro), que era o principal cantor, o irmão José Ferreira (acordeonista), a cantadeira Encarnação Pintor (esposa do Ti Amadeu), Manuel Almeida (que toca violão) e Lourenço (no Timbalão), tendo mais tarde entrado para o grupo: António Batista Martins (acordeonista e principal compositor) e Artur Martins Almeida (tocador de viola). 

O Conjunto começou por abrilhantar diversas festas e bailaricos da região, tendo editado em 1968 o EP “Deixai-vos lá de cantigas”, que incluía 4 canções da autoria de António Batista Martins (que posteriormente foi para a Guerra em Angola) e em 1972 editaram um primeiro disco de Longa-duração com o mesmo nome do grupo, pela etiqueta FF (em Produção da “Grande Feira do Disco”) que incluía uma versão do tema “O emigrante”, do famoso Conjunto Maria Albertina, e 13 originais da autoria de António Batista Martins. 

Foi posteriormente lançado um segundo álbum, com o mesmo nome do grupo, pela Editora “Riso e Ritmo”, que incluía uma versão de “O Autocarro do Amor” e vários originais do grupo, com destaque para o tema “Senhora do Socorro” cantado por Encarnação Pintor. 

Também na Branca surgiu o Conjunto "Os Terríveis", do qual fizeram parte músicos como José Ferreira, Professor Justino, Adalberto e Lourenço. "Os Terríveis" terminaram em finais de 1967, tendo vendido a bateria e uma das guitarras elétricas ao Conjunto "Os Diatónicos" de Albergaria-a-Velha. 

Os Diatónicos, que tocavam instrumentais ao estilo dos Shadows bastante popular na época, surgiram em Outubro de 1967, numa brincadeira com a aparelhagem dos "Corsários Negros" de Águeda no salão do Tonito Bastos na Assilhó. Do grupo faziam parte Nestor Pimenta, Manuel Saguim, Rui Pinho Dias e Alfredo. Terminaram em 1969 após mobilização militar dos membros do grupo. 

Também na Branca, é de destacar os irmãos Eduardo e Carlos Castelhano, que fizeram parte do conjunto "Reis da Alegria" quando eram mais novos (*) e mais tarde dos Globetrotters (+- 1968/69) e Escape. (*) tendo inclusive ensinado os primeiros acordes de guitarra a Nestor Pimenta que viria a fazer parte dos Diatónicos, antes do ingresso na Guerra Colonial, e do Conjunto Sousa Nunes (no final dos anos 70 e anos 80). 

Os "Ases do Ritmo" foram um conjunto formado nos anos 60 na Calçada pelo Sr. Pereira (que tocava na Banda Alba), o filho Hernâni, Manuel Alves, entre outros. O Sr. Pereira, conjuntamente com os filhos, Hernâni e Vera, e o genro Aníbal, formou mais tarde o Conjunto "Os 4 ases do Ritmo". 

Em São João de Loure foi formada nos anos 60 a Orquestra Central de São João de Loure. Entre os integrantes é de destacar: José Melo (no trompete - de São João de Loure); Joaquim Araújo (no acordeão - de Casais); António Rodrigues (cantor); Um irmão da Dona Conceição Ferreira da Rua do Outão que vive em Alquerubim (Sax Tenor); Orlando Simões (acordeão - de Frossos - que viria a fazer parte dos Ritmo & Som nos anos 90); Lita/Carlos Rodrigues (pai do Tó na percussão - de São João de Loure); António Bastos (pai de Ana Maria Bastos e António Bastos - de São João de Loure). 

Mais tarde surgiu o Conjunto Dias Melo, que, entre outros músicos, se recorda Idílio (no trompete), José Melo, António Mota, Joaquim Baeta Dias, Lita, José Luís e ;Silvério (na bateria).

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