Em 1889 a empresa “The Caima Timber Estate and Wood Pulp Company Ltd.”, de Londres, acabava de adquirir a extensa quinta do Carvalhal, nas freguesias da Branca e Ribeira de Fráguas, composta de matas imensas, casas e terrenos lavradios, que pertencia a William Cruishank, do Porto. Esta companhia tinha em vista montar ali uma fábrica de fiação de tecidos e outra de moagem de madeira para a fabricação de papel. Pela propriedade passava o Rio Caima.
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A laboração da fábrica iniciou-se pouco depois com centenas de operários e muitos outros trabalhadores em serviços nas matas, de onde provinha a matéria prima, e nos transportes. Passados anos implementou-se a plantação de eucaliptos cuja madeira se tornou a matéria prima por excelência.
Enquanto cresciam as exportações e os lucros, e também o desafogo dos pequenos proprietários de pinhais e eucaliptais, iniciavam-se os problemas para as populações da beira do Rio Caima com o acentuar da poluição das águas, transformadas em caldo negro e fétido, provocando os consequentes malefícios ao ambiente e às culturas.
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Dentro da fábrica já haviam surgido problemas e o primeiro assumir do valor da consciência colectiva veio no dia 2 de Maio de 1898 com uma greve de protesto (...)
Foi a primeira greve na indústria do nosso concelho e o assumir do valor de uma consciência colectiva.
Fonte: António Homem de Albuquerque Pinho, “Albergaria-a-Velha – Oito Séculos do Passado ao Futuro”
3 comentários:
Saiu n Jornal de Albergaria um resumo sobre esta fábrica, como fotografas.
E depois o centenário 1989 aqui!
E depois o centenário, 1989 aqui!
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