quinta-feira, 10 de abril de 2008

Os primórdios do Teatro em Albergaria-a-Velha


A primeira notícia documental de uma manifestação dramática em Albergaria data de 1869. Foi adaptado um prédio fronteiro à Casa de Santo Antonio e aí se realizaram várias récitas de amadores locais. (...)

Passados 15 anos surge uma nova tentativa, muito mais consistente, para se erguer um teatro. (...) Também desta reunião nada resultou. (...)

Entretanto [já no início do séc. XX], começara a funcionar um arremedo de edifício teatral, adaptado em uma casa ao cimo da Rua de Santo António. E, também aparece o "Grupo dos Modestos" que realiza récitas notáveis com peças do reportório dos teatros lisboetas, nacional e Ginásio. (...)

Finalmente, já no início dos anos vinte do século que há pouco acabou, o reorganizado "Grupo dos Modestos" impulsionado pelo seu presidente, o Dr. Albuquerque, consegue fazer erguer um grande edifício, com uma bela e imponente fachada "Arte Nova", da autoria do consagrado arquitecto aveirense Silva Rocha.

Abriu pela primeira vez ao público, com uma récita de "Os Modestos", no Carnaval de 1924, inacabado interiormente como sempre ficou. Mesmo assim foi pólo de cultura e divertimento, durante duas décadas, na arte dramática, no cinema e em festas, entre as quais as do renomado Carnaval Albergariense.

Ainda na década de vinte, surgiu um grupo de teatro dos mais jovens, dissidentes; de "Os Modestos", auto-denominados “Ala Nova", os quais organizaram poucos espectáculos com as mesmas características dos anteriores. (...)

Os anos trinta vão, porém, ser animados por vários grupos teatrais, alguns deles originados na classe popular da vila (...) Não passa de um final honorifico para uma morte anunciada pela 2ª Guerra Mundial.

Fonte: Fonte: António Homem de Albuquerque Pinho, “Albergaria-a-Velha – Oito Séculos do Passado ao Futuro”

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