"A Terra de Vouga nos séculos IX a XIV - Território e Nobreza"
O livro "A Terra de Vouga nos séculos IX a XIV - Território e Nobreza", da autoria de Delfim Bismarck Ferreira, com edição da ADERAV, será apresentado no dia 11 de Dezembro, pelas 18.30, no auditório da antiga Capitania de Aveiro.
O livro conta com uma Apresentação da autoria de José Mattoso e um Prefácio de Leontina Ventura.
A Terra de Vouga corresponde aos actuais concelhos de Águeda, Anadia, Aveiro, Ílhavo, Oliveira do Bairro e Vagos, bem como parte dos de Albergaria-a-Velha, Mealhada e Sever do Vouga. Partindo de um território individualizado na documentação medieval, a terra de Vouga, o autor procurou caracterizar e compreender este espaço e o protagonismo da nobreza nele inserida, desde meados do século IX até ao final do primeiro quartel do século XIV, termo do reinado de D. Dinis
Fonte: Novos-Arruamentos, Geneall
Moinhos do Distrito de Aveiro
A cerimónia de lançamento do livro “Moinhos do Distrito de Aveiro”, da autoria de Armando Carvalho Ferreira, está marcada para 13 de Dezembro (16h), na Sala dos Actos Académicos (Edifício da Reitoria da Universidade de Aveiro).
Resultado de um trabalho de recolha e investigação ao longo de vários anos, a obra pretende dar a conhecer o valioso património molinológico da região, a grande maioria dele desconhecido ou esquecido.
O autor é natural de Albergaria-a-Velha, membro da TIMS (Sociedade Internacional de Molinologia), membro e colaborador da Rede Portuguesa de Moinhos e sócio da ADERAV (Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro). Participou nas escavações arqueológicas efectuadas nas Mamoas do Taco, em Albergaria-a-Velha e em Cristelo, na Branca, ambas na década de 80.
Fonte: Região de Águeda
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Na noite de 9 de Janeiro (21h00), no Arquivo Municipal, o Historiador Albergariense Delfim Bismark Ferreira apresenta o seu último livro “A Terra de Vouga nos Séculos IX a XIV – Território e Nobreza”.
Fonte: cmav
A 30 de Janeiro, um outro livro que aborda um importante legado da nossa região vai ser apresentado no Arquivo Municipal. "Moinhos do Distrito de Aveiro", de Armando Carvalho Ferreira, constitui um precioso levantamento da arte da moagem e um alerta para a preservação dos moinhos da região.
Os moinhos são marcas na paisagem de uma cultura tradicional que
está em risco de se perder definitivamente. Seja no alto das serras, das colinas ou dos outeiros, seja encravado nas fragas de um qualquer ribeiro
de montanha ou nas margens de um rio que corre num vale verdejante,
estas construções podem ser verdadeiros monumentos, que só por si são testemunhas de um modo de vida e de um mundo que se está a extinguir.
Armando Carvalho Ferreira acredita que é necessário apelar à valorização dos moinhos, antes que eles desapareçam num monte de ruínas. (Agenda Cultural)
Apresentação em AAV (fonte: CMAV)
Na noite de 9 de Janeiro, no Arquivo Municipal de Albergaria-a-Velha, o historiador Albergariense Delfim Bismarck Ferreira apresentou o seu mais recente livro “A Terra do Vouga nos Séculos IX a XIV – Território e Nobreza”. Perante uma sala cheia, o historiador explicou que o facto da nossa região ainda não estar devidamente estudada levou-o a escrever esta obra, para além de querer corrigir algumas afirmações que eram tomadas como certas.
Uma das primeiras “verdades” que Delfim Bismarck reparou não ter fundamento foi a relativa à população. Durante anos acreditou-se que a região era desértica na Idade Média porém, com o cálculo da população por ele efectuada, foi possível descobrir que a zona era mais povoada do que aquilo que se pensava. Outra crença enraizada era que o solo era pobre. Ora, analisando as rendas atribuídas ao senhor (uma percentagem sobre a colheita), cujo valor era bastante alto, só se pode concluir que a terra era fértil e produzia bastante. Quanto à produção dominante, a região era rica em trigo, linho e vinha, ao contrário do centeio e da cevada, que era a ideia corrente.
Dos vários aspectos curiosos que o historiador recolheu durante a sua pesquisa, decidiu partilhar com as pessoas presentes o tipo de alimentação que era comum entre os séculos IX e XIV. Assim, a base era o pão, a carne, o peixe e o vinho, que nunca faltavam à mesa. O acompanhamento mais típico era a castanha e o alho e a cebola eram os produtos mais baratos de comprar. Por seu lado, a manteiga e o açúcar era muito caros, sendo o mel o adoçante mais comum na Idade Média. Nos campos podia-se caçar ursos, veados, coelhos e gaviões e, nos rios, pescavam-se sardinhas, trutas, lampreias e, dado que a foz do Vouga se situava entre Angeja e Cacia, era também comum encontrar golfinhos. Em S. João de Loure e Alquerubim havia salinas, pelo que o sal nunca faltava nesta região.
Escreve José Mattoso acerca deste estudo de Delfim Bismarck Ferreira
“Constitui um estudo exemplar sobre uma região bem delimitada e que desempenhou um papel importante na ligação do pólo de Coimbra com o pólo do Porto, os dois centros urbanos cuja relação foi tão importante na origem da nossa nacionalidade e na estruturação dos seus recursos. O quadro territorial preciso – a Terra de Vouga –, o facto de ela se poder delimitar com rigor, de ter tido uma função administrativa de dimensões regionais.
Com efeito, permite a constituição de um corpus documental completo, nem demasiado reduzido, nem demasiado extenso. Delfim Bismarck tirou partido destas condições favoráveis: fez um levantamento sistemático de todos os documentos que dizem respeito à Terra de Vouga durante o período fixado à partida, e analisou-os com todo o cuidado para deles seleccionar os dados necessários à reconstituição das estruturas regionais, ou seja das forças produtivas, da circulação das pessoas e dos produtos, da distribuição dos poderes sociais, eclesiásticos e políticos. Fá-lo de uma maneira exemplar em termos de rigor, de sistematização e de clareza.”
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