segunda-feira, 20 de julho de 2009

Marco Mazzola, produtor musical brasileiro

Marco Aurélio da Silva "Mazzola" (Rio de Janeiro, 25 de abril de 1947) é um dos mais importantes produtores musicais do Brasil, tendo sido o responsável pelo lançamento de artistas como Raul Seixas, Belchior, Marina Lima, Adriana Calcanhotto, Chico César, Zeca Baleiro, entre outros. Trabalhou ainda com nomes como Elis Regina, Gilberto Gil ou Rita Lee.

Principais destaques

Foi, em 1978, um dos promotores da primeira Noite Brasileira do Festival de Montreux, na Suiça, onde levou Gilberto Gil, A Cor do Som e Ivinho. Nesse mesmo ano, produz "Realce" de Gilberto Gil com clássicos como "Realce" e "Não Chores Mais" de Bob Marley.

Colaborou com Paul Simon nas gravações de "The Rhythm of the Saints" de 1990.

Co-produziu, com Phil Ramone, a faixa "The World on a String", de Frank Sinatra, em duo com Liza Minelli. Produziu também duas faixas do CD "Brazil" do Manhattan Transfer (Grammy de melhor disco de 1989).

Colaborou com Quincy Jones no LP gravado ao vivo por Miles Davis em Montreux, em 1994.

Depois de ser director artístico da Warner, da CBS e da Sony funda em 1995 a sua própria etiqueta, MZA, onde revela novos valores como Chico César, Zeca Baleiro ou Rita Ribeiro.

Trabalha com a Banda Eva e no primeiro disco a solo de Ivete Sangalo ("Canibal" de 1999).

Em 2005, foi homenageado, durante a Noite Brasileira do Festival de Montreux, por seus 30 anos de produção musical. Nesse mesmo ano, lançou o CD duplo "MPBZ 30 Anos, 30 Sucessos" contendo gravações originais que produziu ao longo da sua actividade de produtor musical.

Em 2007 é lançada a autobiografia "Ouvindo Estrelas" onde conta histórias de bastidores e sua relação com artistas com quem trabalhou, bem como dos seus antecendentes familiares que tem uma forte ligação a Albergaria-a-Velha (terra da sua família paterna).

"Ouvindo Estrelas" (autobiografia)

Meu pai, Carlos da Silva Ferreira, teve um começo de vida bastante curioso. Seus pais eram portugueses, que trabalhavam no Brasil — o pai, como mordomo, e a mãe, como arrumadeira.

Quando meu pai nasceu, começou a atrapalhar a rotina exaustiva de tarefas que seus pais precisavam cumprir — ainda mais por que meu avô não tinha o menor jeito nem paciência com criança.

Assim, com seis ou oito meses, decidiram levá-lo para Portugal, para ser criado pelos meus bisavós paternos, na "aldeia" de Albergaria-a-Velha, perto de Aveiro.

Somente quando ele tinha 13 ou 14 anos, seus pais voltaram a viver em Portugal. (...) Esse meu avô era um homem rude, algo brutal até, e mal-humorado. (...)

Em Portugal, a vida era muito difícil, não havia trabalho para ninguém e foi por isso que meu pai [já casado e pai de dois filhos - Marco nasceria já no Brasil] resolveu vir para o Brasil [no decurso da 2ª Guerra Mundial].

Como tinha vários parentes no Rio de Janeiro, pediu que um dos tios lhe mandasse uma Carta de Chamada, um documento que representava o compromisso de alguém que convidava uma pessoa para vir para o Brasil, garantindo-lhe residência fixa e trabalho.

Extractos do livro

Fontes: wikipédia; Autobiografia



Foto: pais de Marco Mazzola em 1991

Ligação: "Portugal através do mundo"

3 comentários:

Anónimo disse...

E se lançassem a ideia de recolha de testemunhos para um artigo sobre as rádios piratas que existiram em Albergaria no anos 80? A Rádio Talábriga, instalada na base da torre da Quinta do Torreão, cujas reuniões para acerto da grelha de programação eram efectuadas na padaria que existia ao lado, na Praça D. Teresa, junto aos fornos e aos sacos de farinha. A rádio em que o último a sair que fechasse a porta e que apagasse a luz. A antena desta rádio ainda se podia ver até há poucos anos atrás no alto da torre da Quinta do Torreão. A outra rádio, de que agora não me lembro o nome, penso que funcionava na actual Rua Eça de Queirós, no Jogo, e dizia-se que era um pouco mais "profissional". Com a nova legislação aprovada de 1988, as condições impostas para a legalização das rádios piratas que proliferavam por todo o país, não permitiram que nenhuma destas rádios continuasse a existir em Albergaria. Ficaram as memórias de quem um dia se aventurou a emitir e a tentar fazer rádio em Albergaria-a-Velha. Seria interessante recuperar essas memórias, apontamentos ou documentos, talvez algumas fotos, ou mesmo algumas velhas cassetes com registos de emissão.
Fica aqui a sugestão.
Obrigado.
Jorge de Carvalho

CF disse...

A outra rádio era a Rádio Osseloa

http://novos-arruamentos.blogspot.com/2009/02/11-de-fevereiro.html

A 11 de Fevereiro de 1986 foi para o ar e pela primeira vez a Rádio Independente de Albergaria, que constituída em cooperati­va, veria o seu nome alterado meses depois para Rádio Osseloa — C. R. L. nome que presentemente ostenta.

Poder­-se-á dizer que não foi fácil a sua implantação e quanto ao seu nascimento ele observou-se com um certo medo e indesmentível pessimismo. Talvez quem sabe, se uma experiência e nada mais! Mas assim não aconteceu. Com o saber, esfor­ço e tenacidade dos seus fun­dadores srs. Horácio Araújo Gomes, Fausto Pereira Gomes e seu filho Manuel Pereira Go­mes a rádio local fez ouvir a sua voz.

Quanto a estúdios é que a coisa não tem andado bem, isto é, tem-se andado de Caifaz para Pilatos como soe dizer-se, valendo neste aspecto a boa vontade de`diversas pessoas que voluntariamente têm cedido a título precário as ins­talações por vezes em casa própria. Em 18-12-86 tomou posse a primeira direcção a (….)

Murilo Andrade disse...

Olá, parabéns pelo artigo a respeito deste grande produtor musical, mas só uma observação: segundo o próprio Mazzola em sua autobiografia ele nasceu em 1947 e não em 1950 como relata na bosta do wikipédia.

parabéns mais uma vez e sucesso!