No seu próprio nome tem Albergaria-a-Velha o certificado da sua origem:
Em Novembro de 1117 passava a Infanta –Rainha D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, nosso primeiro Rei, uma carta de privilégio a Gonçalo Eriz, coutando-lhe a sua vila de Osseloa (hoje o bairro de Assilhó, de Albergaria), que confinava com terras de Santa Maria (Vila da Feira), onde a carta foi assinada.
A onomástica topográfica é característica, como se vê pelos seguintes nomes, alguns bem conhecidos ainda hoje: Mata Telada, Mata da Ussa, Mamoa Negra, Mata da Brava, Romariz, Rio da Osseloa, Charneca, Fonte Fria (hoje as Frias), que antigamente se chamava Fontinha de Meigonfrio.
A carta de couto foi concedida com a cláusula de estabelecer e sustentar uma albergaria, próximo da estrada e, no dizer de Alexandre Herculano, é o primeiro documento em que Portugal figura com o título de reino e daí o alto valor histórico que se lhe atribui.
O primeiro albergueiro, ou seja o primeiro habitante de Albergaria, de nome Gonçalo de Cristo, seria posto pela Rainha.
Para se demonstrar quanto era agreste o território de Albergaria e a ela circunjacente, bastará anotar que a carta de couto da fé da existência de veados, corsas, gamos e ursos.
As albergarias eram utilíssimas instituições de previdência, ponto de refúgio dos viandantes, que se viam perseguidos por ameaças de todas as espécies , naqueles rudes tempos medievais de tão difíceis comunicações.
Edição de 10.000 exemplares impressos na Tipografia Aliança (Porto).
Colaboração: Pastel de Vouzela
1 comentário:
a imagem tem quase 70 anos!
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