Como o seu pai emigrara para o Brasil, foi criado pela sua mãe, Amélia, a qual morreu, quando Manoel tinha apenas 12 anos, de doença incurável.
Fica, então, a viver com os seus tios, acompanhando-os para Angola em 1947, onde seu tio conseguira um emprego numa fábrica de produção de Açúcar na Vila de Catumbela. Tem, assim, com 15 anos o seu primeiro emprego numa loja comercial, ficando a comer e a dormir na casa do patrão.
Em 1953, opta por fazer o serviço militar em Portugal Continental, servindo, durante dois anos, no Quartel de Cavalaria 5 em Aveiro, onde era rádio telegrafista.
Após o serviço militar, emigra para o Brasil em 1955, com 23 anos, começando o seu percurso profissional como vendedor da Casa Tigre, tendo rapidamente tornado-se sócio da empresa.
Posteriormente, adquire, com os seus sócios, uma participação na Medical, então um pequeno empreendimento, a qual se tornou na maior empresa na área da comercialização de equipamentos médicos na região Norte-Nordeste.
A 2 de Dezembro de 1998 foi-lhe atribuído, no decurso da Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, o "Título de Cidadão de Pernambuco".
Memórias de Infância
Eu nasci em 27/03/32, num domingo de Páscoa, numa Aldeia de nome Alquerubim [concelho de Albergaria-a-Velha], situada á margem direita do Rio Vouga, pertencente ao distrito de Aveiro cuja cidade fica a 18 Km.
Em Alquerubim cursei até o 4º ano primário e com 11 anos ingressei numa Escola Comercial e Industrial na Vila (hoje Cidade) de Águeda e que fica a 9 Km, de Alquerubim.
O percurso que era feito numa bicicleta de adulto na qual eu não conseguia sentar na sela já que era muito pequeno e não alcançava os pedais. Vocês não avaliam o quanto sofri nesses 4 anos já que me alimentava muito mal, o inverno era muito rigoroso, eu não tinha luvas nem agasalhos suficientes. (...)
Da minha aldeia só tinha mais um rapaz já mais velho do que eu, que estudava em Águeda na Escola de Sargentos e às vezes coincidia nós virmos juntos. (...)
Associativismo
(...) "tanto no Gabinete Português de Leitura, como no Clube Português, participei de alguns cargos de menor expressão. No Hospital Português onde fui Secretário da Assembléia, Mordomo Suplente e actualmente Director Secretário. Na igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na Madalena, faço parte do Conselho Paroquial há [mais de] 35 anos e onde estou sempre presente procurando ajudar os mais necessitados."
Fonte/Mais informações: Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (1998)
Nota: Foto gentilmente cedida pelo Sr. Flavius Falcão (empresa Medical)
1 comentário:
Me faz muito lembrar de uma amiga de infância que há algum tempo não a vejo. Filha de portugueses, Sr. Antônio e Dona Fátima e, casada com um português dono de uma loja na Concórdia. Ao mesmo tempo das raízes de minha descendência, entre familiares. Um deles aviador que deu nome ao aeroclube de uma cidade em Portugal.
Parabéns pela caminhada cheia de brilhos.
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