[No fim da década de trinta, após mudar de instalações para uma zona periférica, na Cavada Nova, ao Sul de Albergaria-a-Velha chegou a atingir produções diárias de 20 toneladas e de cerca de 4.000 toneladas anuais, sempre utilizando a fusão por "cubilote de ar frio", e a dar trabalho a 600 colaboradores].
Tornaram-se preferidos, em todo o país e nas então chamadas Províncias Ultramarinas inúmeros tipos de produtos que constituíam o seu catálogo, tais como bancos de jardim, colunas para iluminação pública, fogões domésticos (a lenha e a carvão), panelas de três pés, ferros de engomar a carvão, postos de incêndio e rega, marcos de sinalização luminosa, autoclismos, caixas e tampas de saneamento, esmagadores e prensas para lagar, sifões para esgotos, pesos para balanças, acessórios para instalações eléctricas (cabos armados), acessórios para charruas, para noras e para forjas, bocas de incêndio de parede e do chão, clarabóias, roldanas, bebedouros de jacto e fontanários, caixas de correio, válvulas chupadoras e bocas de rega, válvulas de corrediça (desde 50 a 350 mm de diâmetro nominal), fogareiros a gás, etc.etc.
Paralelamente, por exigências comerciais ou solicitação de muitos clientes que não encontravam no mercado nacional quem lhes desse resposta em qualidade e em tempo, foi desenvolvido o sector de "Não Ferrosos" com duas secções "Alumínios" e "Ligas de Cobre-Latões e Bronzes", utilizando a fusão em cadinhos aquecidos a carvão (coque) ou gasóleo.
Quem, dos mais velhos, não tem ainda no seu trem de cozinha peças de loiça de alumínio referenciadas no fundo com a marca "Alba"?
É natural que muitos não saibam que os corpos, em latão, de milhares de contadores de água que foram instalados no país nos anos cinquenta e sessenta, saíram de Albergaria-a-Velha.
Fonte: Eng. José António Piedade Laranjeira em Revista Fundição (Associação Portuguesa de Fundição) nº 2006 [republicado no Jornal de Albergaria de 19.05.1998] (adaptado)
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