quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Fábrica de Cerâmica da Branca (1918-1980s)


Em 1908, inicia-se a construção do primeiro lanço da Linha Férrea do Vale do Vouga, entre Espinho e Oliveira de Azeméis numa extensão cerca de 33 Km e em 1909 esta via chega ao Carvoeiro. É portanto, um ano antes da implantação da Républica que a Branca beneficia da Linha Férrea do Vale do Vouga.

Instalada esta Via, a Branca surge como um excelente ponto estratégico para a construção de uma filial da Empresa Cerâmica do Fojo, a Fábrica da Branca - 1918.

Empresa Cerâmica do Fojo

Esta Fábrica era uma Sociedade Anónima por Quotas, já com uma certa projecção nacional, e na qual muitos branquenses investiram as suas economias sem nunca terem visto quaisquer lucros.

Dizia-se na gíria que, "o fumo que saía das chaminés era proveniente das quotas".

Nesta empresa produzia-se essencialmente tijolo, que era transportado por esta linha para os mais diversas locais do país. Por aqui transportava-se também o minério das Minas do Palhal para Espinho que seria depois exportado para o estrangeiro pelo porto de Leixões.

Aquisição da fábrica por emigrantes no Brasil

No ano de 1940, um grupo de homens abastados e ilustres vindos do Brasil deslocaram-se ao Fojo na expectativa de realizarem o negócio que acabou por se concretizar. Os Srs. Manuel Ferreira Ribeiro, José Dias Marques e Joaquim Nunes da Silva adquiriram a Fábrica da Branca pela quantia de 240 contos.

Cinco anos após a compra procedeu-se à primeira remodelação da fachada, compra de máquinas para a Fábrica e melhoramentos consecutivos.

Esta Fábrica desde o seu início até ao seu declínio (década de 80) empregou grande parte da população branquense.

Fonte: "Auranca e a Vila da Branca: perspectivas" de Nélia Maria Martins de Almeida Oliveira (adaptado, n/ intertítulos)


Depois do encerramento da empresa apenas sobrou a chaminé.

(em "Novos arruamentos"; Foto da chaminé: Mário)

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