
Nos anos de 1930/32, aproveitando uma interrupção na laboração da fábrica, entrou como Ajudante de Notário para o Cartório do Dr. Silvino Gonçalves de Sousa, em Albergaria, e isso valeu-lhe uma sólida amizade com esse Advogado e Notário a qual veio a permitir a sua entrada nos círculos do mais elevado estrato social da vila. Regressado à Fábrica, aí acabou, após tirado o curso de guarda-livros por correspondência, por assumir as funções de guarda-livros e depois de Adjunto da Direcção.
Entrou para a Câmara como vereador aquando da Presidência do Dr. Flausino Correia e, após a saída deste, foi nomeado pelo Governo, em 1969, Presidente do Município. Geriu a Câmara com empenho e conseguiu ver realizadas obras que anteriormente estavam preparadas, mas retardadas no emperramento burocrático do Terreiro do Paço. Entre elas contam-se a Escola Preparatória e, por arrastamento a Escola Secundária, a Casa da Justiça, o Bairro Social das Lameirinhas, a remodelação de vias de comunicação, etc.
Em 1973, foi homenageado com um jantar, presidido pelo Governador Civil do Distrito, em que estiveram cerca de 500 pessoas. Após o 25 de Abril, porque foi sempre considerado um democrata e era um homem simples, bom e tolerante, conseguiu manter-se, no período revolucionário, como Presidente da Comissão Administrativa e venceu depois as primeiras eleições autárquicas.
Faleceu, ainda Presidente da Câmara, em Janeiro de 1981.
Fonte: "Gente Ilustre em Albergaria-a-Velha", António Homem de Albuquerque Pinho
3 comentários:
Belo ARTIGO. Gostaria de saber da historia sobre a R. dos Cepinhos
Obrigada ;)
R. dos Cepinhos ??
A memória do presidente da Câmara José Nunes Alves merece mais do que o nome em duas ruas, merece um busto! Foi presidente de Câmara antes do 25 de Abril de 1974, manteve-se no período revolucionário, como presidente da comissão administrativa, e venceu as duas primeiras eleições autárquicas livres. Faleceu no exercício do cargo, e merecia que o féretro tivesse saído dos paços do concelho - o que não aconteceu. A sua acção está aí, e devia ser devidamente recenseada. E recordada.
Mário Jorge Lemos Pinto
(grupo Café Girassol - Facebook)
Enviar um comentário