terça-feira, 20 de novembro de 2012

Crianças descobrem as origens de Albergaria-a-Velha


Como é que Albergaria-a-Velha nasceu ? Por que tem este nome ?   No âmbito do Programa Municipal de Educação, o SAC – Serviço de Aprendizagem Criativa está a desenvolver a actividade “Albergaria de Pobres e Passageiros”, uma viagem pela História Local que leva as crianças do 1º Ciclo do Ensino Básico até ao século XII, altura em que D. Teresa mandou construir a primeira Albergaria no território português.

No Arquivo Municipal, é apresentada uma réplica da lápide que anuncia a fundação de Albergaria-a-Velha e que foi construída no século XVII com o propósito de relembrar os habitantes das origens da sua terra. A inscrição diz: “Albergaria de pobres e passageiros, da Rainha D. Thareia com 4 camas e 2 enxargois, esteiras, lume, agoa, sal, fogo e cavalgaduras e esmola e ovos ou frangos aos doentes.”

Partindo destas palavras, é explicada a génese do território que, antigamente, estava pejado de ladrões e animais selvagens que ameaçavam os viajantes e peregrinos. Após ter sido bem recebida por um fidalgo local, D. Teresa, mãe de D. Afonso Henriques, manda construir uma albergaria para apoiar as pessoas que passavam pela região. E como era essa albergaria? Com o recurso a imagens e objectos, o técnico do Arquivo Municipal explica como se vivia na época, sem electricidade, sem comodidades, e com poucos alimentos !


No final da sessão, as crianças são convidadas a desenharem e a pintarem elementos que existiriam em Albergaria-a-Velha no século XII, criando, ainda, uma estrutura “pop-up” da lápide. Desta forma, os mais novos podem levar para casa a inscrição sobre a fundação e explicar aos pais o que significa o texto, que pode ser, actualmente, apreciado no cimo da escadaria principal do Edifício dos Paços do Município.

Para a equipa dos Serviço de Aprendizagem Criativa, a divulgação da História Local é fundamental para criar um sentimento de pertença e de orgulho na terra, sendo as crianças um público importante nesta missão. “No século XVII, a maioria dos habitantes já não tinha noção de que a primeira albergaria de D. Teresa tinha sido edificada neste local, pelo que foi necessário construir uma lápide e colocá-la num espaço importante da altura, o hospital!”. Com estas acções de carácter pedagógico, evita-se que a memória colectiva se desvaneça; “para que ninguém mais se volte a esquecer !”.

Fonte: CMAAV (adaptado)

Sem comentários: