quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Rota dos Moinhos de Albergaria-a-Velha


No âmbito da criação da Rota dos Moinhos de Albergaria-a-Velha, que visa disponibilizar um produto turístico e cultural que alie a preservação e a valorização deste património a um maior conhecimento das gentes e História do Município por parte de residentes e visitantes, a Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha celebrou protocolos de parceria com os proprietários de vários moinhos espalhados por cinco freguesias do Município.

Com esta colaboração pretende-se articular e potenciar os recursos e possibilidades dos parceiros, particularmente no que diz respeito à uniformidade e potenciação do património molinológico integrado na Rota dos Moinhos de Albergaria-a-Velha. O protocolo de parceria é válido por cinco anos, sendo renovado automaticamente se não houver oposição à sua renovação.

Moinho do Maia (GB)

Moinhos abrangidos pelo protocolo

Moinho do Ti Miguel (Azenha – Angeja);
Moinho do Maia (Fial de Baixo – Alquerubim);
Moinho da Quingosta (Regatinho – Vilarinho de S. Roque);
Moinhos da Freirôa (Rio Caima – Branca);
Moinho do Chão do Ribeiro (Mouquim – Valmaior); e:
Moinho do Silva (Regatinho – Vilarinho de S. Roque).

Moinho da Cova do Fontão (GB)
 O papel da Câmara como dinamizador da Rota dos Moinhos

De acordo com o protocolo, a Câmara Municipal compromete-se a conceber, em conjunto com os agentes locais, um Guia de Boas Práticas para a reabilitação urbana dos moinhos e dos elementos a ele pertencentes; fornecer apoio técnico nas intervenções de recuperação, restauro e acessibilidades; desenvolver um projecto de difusão da informação de carácter patrimonial e turístico; desenvolver uma marca comercial para a farinha de moagem tradicional com respectiva embalagem; e desenvolver um conjunto de material publicitário sobre a Rota dos Moinhos e dos seus produtos subsidiários (farinha, pão, doçaria,…), bem como promover eventos para a divulgação deste património.


O papel dos proprietários no âmbito deste protocolo

(...) os proprietários dos moinhos deverão abrir os mesmos e colocá-los em funcionamento para as visitas do público em geral uma vez por mês ou aquando da realização de eventos e iniciativas de divulgação e promoção do património de Albergaria-a-Velha.

Os proprietários comprometem-se, ainda, a autorizar a colocação de sinalética e de suporte comunicacional da Rota dos Moinhos, a efectuar a venda da farinha produzida artesanalmente através de embalagens uniformizadas concebidas para o efeito e a efectuar todas as reparações ou alterações dos moinhos de acordo com o Guia de Boas Práticas.

Moinho do Maia (AF)

Sandra Figueiredo, técnica responsável pelo desenvolvimento do projecto, considera que o trabalho de parceria com os proprietários é muito proveitoso, pois são estes que possuem “a arte e o amor aos moinhos, são eles que têm as histórias e os saberes que podem transmitir aos visitantes”.

Na verdade, a Rota dos Moinhos de Albergaria-a-Velha vai muito para além da simples promoção do património edificado; o fundamental é preservar o património imaterial, as tradições, as vivências, e quem melhor que os donos dos moinhos, muitos deles moleiros ou descendentes de moleiros, para transmitir o saber, adquirido através de pais e avós, às novas gerações.

Moinho da Cova do Fontão (GB)
Importância do projecto para a economia local

(...) A Câmara Municipal irá trabalhar toda a parte da publicitação e divulgação da Rota (flyers, cartazes, internet, sinalética,...) para atrair novos visitantes a Albergaria-a-Velha, que, por sua vez, levam a farinha de moagem tradicional e outros produtos associados; a receita será para os proprietários que poderão, depois, reinvestir em melhorar as condições dos moinhos”.

A receptividade dos proprietários dos moinhos a este projecto tem sido muito positiva e Sandra Figueiredo acredita que mais irão aderir no futuro. “Existem outros proprietários a requalificar os moinhos para entrar na Rota e tem existido uma dinâmica e partilha muito importante que fará a consolidação e sucesso deste projecto”.
Chão do Ribeiro (AF)

Para Armando Ferreira, a Rota dos Moinhos de Albergaria-a-Velha constitui uma forma de preservar os saberes e tradições, aliando-os ao turismo e ao desenvolvimento local. O moinho, para muitos, simboliza o passado e é posto de lado; por isso, é fundamental mostrar o seu valor. “Há saberes que não se devem perder, mas não se pode só copiar! É preciso transformar o que existe numa perspetiva de modernidade e futuro”, defende Armando Ferreira.

Fonte: adaptado de CMAAV 

Fotos: Glorybox / Carlos Lopes / Armando Ferreira / Localvisão TV 

2 comentários:

Carlos Ruas disse...

Boa tarde, estou interessado em fazer o percurso da rota dos moinhos de bicicleta (btt). Existe algum mapa do percurso em formato GPX, e onde se pode descarregar?

Obrigado
Carlos Ruas

Blogger disse...

Sugerimos que consulte o site ou envie mail para os serviços de turismo

http://www.rotadosmoinhos.com/pt/

turismo@cm-albergaria.pt.