sábado, 10 de janeiro de 2015

Parceria entre Mealfood e Universidade de Aveiro na produção de pastéis de nata inovadores


A empresa Mealfood pediu a cientistas da Universidade de Aveiro para criarem pastel de nata que apenas precisassem de ir ao micro-ondas para ser aquecido. O segredo está na massa folhada, com uma pitada de ciência. (...)

A empresa quer ter os seus novos pastéis de nata Eatly nas prateleiras dos supermercados portugueses já em meados de 2015. E conta chegar na mesma altura a Angola, Moçambique, Macau e Inglaterra.


“Foi uma ideia que surgiu há mais de dois anos”, diz António Santos, um dos directores da Mealfood, ao Jornal PÚBLICO. A empresa, com cinco trabalhadores, nasceu no final de 2012 e está instalada no concelho de Albergaria-a-Velha [em Frossos], no distrito de Aveiro. O objectivo era usar o conhecimento de Francisco Santos, pasteleiro com experiência internacional e outro dos directores da empresa, para se começar a produzir os pastéis.

Hoje, existem pastéis de nata crus ou semi-crus à venda para os consumidores. Para ficarem prontos, estes pastéis têm de ser cozidos no forno durante 20 minutos, a mais de 200 graus. Como este mercado já estava preenchido, os responsáveis da Mealfood optaram por apostar num produto mais directo: um pastel que já estivesse cozido, que fosse depois ultracongelado e que no final, quando chegasse às mãos das pessoas, só tivesse de ser aquecido no microondas. O resultado final seria um pastel de nata “com a mesma frescura” do que um acabado de sair do forno, nas palavras de António Santos, pronto em apenas um minuto.


Para isso, os empresários resolveram contactar Manuel António Coimbra, bioquímico alimentar da Universidade de Aveiro. “Foi um desafio”, conta o cientista ao PÚBLICO. “A empresa queria um pastel de nata com as mesmas características físicas, visuais e sensoriais”, explica. (...)

A investigação foi realizada ao longo de seis meses. “Foram precisos muitos testes, foram precisas muitas horas”, diz António Santos, que não quer revelar quanto é que este investimento custou à empresa. O trabalho foi feito em conjunto pela equipa da Universidade de Aveiro, que incluiu as investigadoras Rita Bastos e Elisabete Coelho, e o pasteleiro Francisco Santos. (...)

O novo produto está agora à espera de uma patente portuguesa, que já foi pedida. Entretanto, existe um design de embalagem que leva seis pastéis. Quando chegarem ao mercado, só será preciso aquecê-los e comê-los — de preferência, com canela.
Fonte: Público  / UA / Eatly

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