Em 1942 (provavelmente) devido às imagens dos aviões da II Guerra Mundial os irmãos Humberto e Emídio Gonçalves com graves problemas de audição e fala mas grandes marceneiros do Sobreiro resolveram fazer um avião. Assim o que vemos na imagem foi executado em madeira, com asas em lona e um sistema de locomoção, pedais, rodas, volante, etc.
Um dia resolveram experimentá-lo e escolheram o declive a partir da casa do Dr. Quina em direcção a Aveiro. A experiência só durou até onde hoje se encontram as bombas de gasolina à entrada do acesso à Turol.
Provavelmente o avião virou ou capotou. Nessa altura passaram dois militares que iam para o quartel de Aveiro. Na época era a estrada internacional Aveiro – Vilar Formoso. Os militares interpelaram os dois irmãos que só puderam responder com sons ininteligíveis pois eram mudos. Perante este facto, os militares dirigiram-se para o quartel de Aveiro, onde comunicaram aos seus superiores: ” Dois alemães aterraram com um avião no Sobreiro! “.
Quando os militares deram a informação no Quartel de Aveiro da "aterragem de 2 alemães num avião no Sobreiro" foi enviada uma força militar a cavalo para investigar o ocorrido. A força era comandada pelo oficial médico Cruz. Este ao chegar ao local, desatou a rir pois conhecia e era amigo do pai do Emídio e já sabia da criação do dito avião. Perante tudo isto o sr. Gonçalves, pai de Emídio e de numerosa prole mandou matar um porco e fazer uma grandiosa festarola na sua casa. O sr. Gonçalves também era conhecido por "Salvador" pois a sua propriedade estava sempre de portões abertos para receber todas as pessoas que tinham fome (e era muita na época).
Fontes: Jornal dos Clássicos / Grupo do facebook "Amo a minha terra" (1)(2)
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