Entre o material cedido, é possível destacar fotografias do século XX de Albergaria-a-Velha, negativos em vidro e película com paisagens de Angeja dos séculos XIX e XX [utilizadas nos postais de Angeja], a brochura inaugural do Cine-teatro Alba de 1950, documentação da Quinta do Fontão, de 1816 a 1935, e a encadernação de “O Arauto de Osseloa”.
Ao longo de 2017 o Arquivo Municipal tem dado continuidade à sua missão de tratar e disponibilizar a mais diversa documentação do Concelho ao público, em especial, através do seu portal, que já conta com 2055 utilizadores, que fizeram mais de 54 mil consultas desde a sua criação. Neste ano, foi concluído o trabalho de descrição das actas da Câmara Municipal dos séculos XIX e XX, bem como a inserção de todos os processos de obras particulares e vistorias incorporadas no Arquivo, de 1948 a 1996.
Em relação ao espólio fotográfico da Foto Gomes, constituído por 200 mil chapas em vidro e película, é de salientar o registo de mais de 120 mil chapas até à década de 1970. O processo de identificação das várias fotografias está a ser desenvolvido em parceria com os utentes da Misericórdia de Albergaria-a-Velha, tendo o projeto colaborativo sido reconhecido como uma boa prática pela Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas.
O Arquivo Municipal está a proceder a um trabalho de inventariação das famílias Albergarienses através da compilação e cruzamento de diversos registos – registos paroquiais de batismos, casamentos e óbitos; registos de passaporte; encomendas de fotografias da Casa Foto Gomes; registos de velocípedes, motociclos e cartas de condução; fichas de funcionários da Fábrica Alba – de forma a poder construir um historial das pessoas e famílias que viveram em Albergaria-a-Velha.
O munícipe poderá recolher diversos dados sobre os seus antepassados, estabelecer relações entre as pessoas e saber “por onde andaram” os familiares, caso tenham emigrado. “O projecto do Arquivo Municipal é único no País, não existe mais nenhum com esta dimensão em termos de quantidade e variedade dos registos levantados”, salientou Delfim Bismarck.
Fonte: CMAAV (adaptado)
Sem comentários:
Enviar um comentário