quarta-feira, 10 de julho de 2019

Quinta do Caima - Casa de Hóspedes e Casa Velha


A Quinta do Caima foi o local escolhido para instalar a primeira unidade fabril de celulose do Caima, a The Caima Timber Estate & Wood Pulp Company, Limited. Fundada em 1888, a empresa adquiriu os terrenos da Quinta do Caima, uma grande extensão de terras entre as freguesias de Branca e Ribeira de Fráguas, em Novembro de 1889.

Foi aí que instalou a sua fábrica de pasta de papel, conhecida como Fábrica do Caima, ou Companhia de Celulose do Caima, que se tornou a mais importante unidade fabril do género em Portugal, sendo igualmente construídos casas para o director, o engenheiro Erik Daniel Bergqvist, de nacionalidade sueca, e uma Casa de Hóspedes.


Casa de Hóspedes

A Casa de Hóspedes foi construída entre os finais do século XIX e inícios do século XX nas imediações da Fábrica do Caima, que procedia ao fabrico de pasta de papel. A moradia servia para albergar os técnicos especializados estrangeiros e os sócios da Fábrica do Caima que residiam no Porto ou fora do país, quando estes se deslocassem à unidade em trabalho.

O edifício integra-se no espaço da quinta, onde foram edificadas outras treze habitações, destinadas a vários empregados da fábrica (Casa do Motorista, Casa dos Montadores, Casa do Electricista, etc.), formando um complexo habitacional, rodeado por uma área de bosque murada.

De planta rectangular, a casa divide-se em dois pisos, com fachadas rasgadas por janelas. No frontispício foi edificada uma escadaria de cimento, que permite o acesso externo ao piso superior. Interiormente, está despojada de qualquer elemento decorativo.

Categoria de Protecção - Classificado como MIM - Monumento de Interesse Municipal
Edital n.º 846/2016, DR, 2.ª série, n.º 175, de 12-09-2016


Casa Velha

A Casa Velha era o mais importante edifício habitacional da quinta, servindo para albergar, durante décadas, o director da mesma. O edifício integra-se no espaço da quinta, onde foram edificadas outras treze habitações, destinadas a vários colaboradores da fábrica.

O imóvel sofreu obras de remodelação em 1939, durante as quais se instalou um inovador sistema de caldeiras e radiadores a água.

De planta rectangular irregular, o imóvel servia de habitação ao director da fábrica e respectiva família, dividindo-se em dois pisos, com alçados marcados pela abertura de janelas e corpo central destacando-se através do remate em empena triangular, recriando os modelos de casas de campo inglesas.

No conjunto, de linhas despojadas, destaca-se o telheiro alpendrado, em madeira, que precede a entrada principal da casa, e uma bay window no alçado posterior da casa; esta fenestração, de tipologia tipicamente anglo-saxónica, ornamentava originalmente a fachada lateral esquerda.

Categoria de Proteção - Classificado como MIM - Monumento de Interesse Municipal
Edital n.º 845/2016, DR, 2.ª série, n.º 175, de 12-09-201

Fontes: DGCP (1)(2) / CMAAV (1)(2) / Remax

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