quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Joaquim Nunes Sequeira (1878-1918), empresário na área da panificação

 

Joaquim Nunes Sequeira (1878-1918), empresário na área da panificação, natural de Frossos e posteriormente radicado em Leiria.

Foi casado com Ana Rodrigues dos Santos (1879-1900). Eram pais de uma menina, Francelina (1898-1898), que morreu afogada no dia de S. Paio, na Torreira, com apenas 6 meses. 

Em sua homenagem foi atribuído o nome de "Vila Francelina" à casa que construiu em Frossos (na década de 1910), que é um dos imóveis mais marcantes de Frossos (e do nosso concelho).

Após a morte da 1ª esposa (com o desgosto da morte da única filha), radica-se em Leiria, tendo aí  casado  com Alda Adelina Ferreira, de Almada, nascendo deste casamento as suas duas filhas, Ermelinda Nunes Sequeira (n. 1901) e Cecília Nunes Sequeira (n. 1903).

Joaquim Nunes Sequeira mantinha contactos com o ramo da panificação em Lisboa, por influência da família da esposa falecida. Começou como empregado de panificação mas rapidamente ascendeu a empresário, tendo viajado várias vezes entre Paris e Londres em busca de novas tecnologias para a indústria de panificação, tendo sido o responsável pela introdução, revolucionária, do processo de venda de pão quente a toda a hora, na Cidade de Leiria e teve a visão de apostar na concentração dos industriais de panificação.

 

Devido ao poder económico que detinha promoveu a construção do seu negócio (Panificadora, Lda. e Protectora, Lda) e diversas moradias no Centro de Leiria, destacando-se "A Protectora" (padaria e moradia), com projecto da autoria do arquitecto Augusto Romão, edifício Garage (destinado ao ramo automóvel) e 3 casas no Bairro Novo.

Foi membro da Maçonaria, tendo sido um dos fundadores da Loja Gomes Freire de Andrade em Leiria. E é nesta qualidade que oferece um conjunto de material didáctico da Casa Figueirinhas às Escola de Frossos.

Foi nomeado Vogal substituto para a Câmara Municipal de Leiria, em 1911, e, posteriormente, em 1913, para Vogal da Comissão Administrativa.

Fonte: Revista "Albergue" em artigo de Nélia Maria Oliveira sobre a Arte Nova no concelho de Albergaria-a-Velha; foto antiga da "Quinta da Vila Francelina" partilhada por Francélio Vouguense Frossos

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