domingo, 10 de fevereiro de 2013

David Marques Melo, empresário (1908-2000)


David Marques Melo nasceu em 28 de Dezembro de 1908 em S. João de Loure. Com 12 anos, migrou para a Ericeira para trabalhar numa padaria situada na Lapa da Serra.

Mais tarde, chegou a gerente dos estabelecimentos Galrão. Em 1936, fundou a taberna do David, que se situava na rua da Boavista, na Ericeira. À medida que o negócio prosperou abriu uma mercearia, pensão e restaurante. Tinha também uma carvoaria e cocheira na Rua do Paço.

David Melo abriu igualmente uma indústria de salsicharia. Fabricava, vendia e comercializava os seus produtos para os concelhos de Cascais, de Sintra e de Mafra, possuindo para isso uma frota de duas camionetas Bedford que faziam a respectiva distribuição.


Durante o tempo em que possuiu a actividade de mercearia, importava loiça da “Vista Alegre” e da região de Ílhavo, adquirindo experiência nesse ramo comercial, que terá estado na origem da abertura, no final da década de 1960, de uma loja de loiças no Largo do Conde da Ericeira, no nº 17B.

Em 1984, passou o negócio a Afonso Camarão (actual supermercado "Camarão" e "O Retiro do Camarão"). Faleceu em 31 de Dezembro de 2000.

Fonte: Henrique Neves em www.jagoz.com (adaptado)

Colaboração (foto): Luísa Marques

2 comentários:

Blogger disse...

Recebemos o seguinte e-mail de Luísa Marques (neta do Sr. David)

"Sou neta do David Melo e resido na Ericeira. Recebi com surpresa o pedido da foto através da Raquel e já "bisbilhotei" o seu blog.

É sempre uma sensação agradável ver os nossos ascendentes serem relembrados pelos da sua terra de nascimento ou de adopção. (...)

Muito haveria a contar, sobre estas crianças que partiam práticamente com a roupa do corpo e conseguiam construir os seus negócios e formar família longe das suas terras natais."

Anónimo disse...

Muita gente jovem dos nossos dias desconhece em absoluto a situação que Luísa Neto refere. Assim era, de facto, eram mandados(as) para longe, Lisboa, na maior parte das vezes, aos 10, 11, 12 anos, eles para servir de marçanos nas mercearias, carvoarias, etc, elas para criadas de servir, sózinhos, desprotegidos,sem nada conhecer do mundo, comiam "o pão que o diabo amassou" e faziam-se gente! Conheço também casos concretos, gente que sobreviveu e progrediu, gente pela qual tenho a maior admiração e respeito.
NC