quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Fabricas de louça de Angeja

Bernardino Rodrigues Bastos é o oleiro do lado
direito (quadro de Eduarda Lapa "Oleiros de Angeja" de 1920)
A 1ª fábrica de Olaria de Angeja foi fundada no séc. XIX, na Barca (no espaço ao lado da Casa dos Leitões), por Francisco Correia Vidinha e Rosa Rodrigues Ferreira (naturais de Ovar)

Bernardino Rodrigues Bastos e a sua esposa Balbina Rodrigues Ferreira foram os fundadores da 2ª fábrica de Olaria em Angeja, na Alameda da Várzea. 

Manuel Correia Vidinha (filho dos fundadores da 1ª fábrica) e Gracinda Marques, passaram a ser os proprietários de Fábrica de Louça Vermelha, nos anos vinte, altura em que também um outro irmão, José Correia Vidinha, era proprietário da olaria existente na Biscaia (Albergaria-a-Velha).


Durante mais de cinco décadas, a fábrica de louça de Angeja, como era conhecida, fabricou toda a variedade de louça de barro vermelho necessária às lides domesticas vindo a encerrar por falta de mão-de-obra e dificuldades de laboração provocadas pelo encharcamento das instalações, após a eliminação da vala de escoamento paralela à Várzea, na construção do edifício dos CTT.

Ainda que encerrada possui alvará para laboração. Será que não haveria forma de se preservar essa industria artesanal, tão na moda, para servir também o interesse publico? Senão outros, os das crianças e escolas com projectos alternativos.

Fontes/Mais informações: Jornal D'Angeja nº 32, Fevereiro 2007 (adaptado) / Página do facebook "História de Angeja"

Curiosidade: Excerto do livro "Trepadeira branca" de Oliveira Santos (de 1955)

"E a travessa de barro vidrado, comprada na olaria de Angeja, cheiínha de cabeças de nabos com bacalhau, mais a caneca do verdasco a girar de mão em mão — e as castanhas assadas no borralho, entre as pernas da panela maior"


Manuel Oliveira Santos, jornalista do distrito de Aveiro, que foi director do "Voz do Povo", de Oliveirinha, do semanário "O Vigilante" e da revista de transportes e turismo "Rodoviária".

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