quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A origem de algumas ruas de Albergaria-a-Velha (III)

Para a construção da Praça Nova (Largo Municipal, depois Praça Comendador Ferreira Tavares), além de parte dos Sanguinhães (então casa, terra de lavoura e vinhas) que eram residência e propriedade de Patrício Álvares Ferreira (à época emigrado no Brasil), expropriaram outra parte que tinha sido de Bento Álvares Ferreira e era então de seu primo Dr. José Henriques Ferreira.

A inauguração dos trabalhos foi feita, com grande solenidade, em 23 de Fevereiro de 1869, com discursos, fogo-de-artifício e música. O terreno do lado nascente da dita praça havia sido adjudicado em 29 de Julho de 1869 a Patrício Luíz Ferreira, obrigando-se este a murar e edificar casas ao correr da praça, desse lado, no prazo de 3 anos.

Nesse mesmo ano, em 21 de Maio, foi arrematada a Casa da Escola Conde Ferreira (recentemente restaurada e ampliada) e foi aberta a estrada que liga Albergaria a Assilhó, até ao Vale da Granja.

E para a abertura da Avenida (hoje Avenida Napoleão Luíz Ferreira Leão) à Estrada Real (hoje Rua de Santo António e Rua do Hospital) expropriaram umas casas baixas, de um só piso, com frente para a Rua do Atoleiro e para o carral, que davam acesso à parte leste dos Sanguinhães, propriedade conhecida por “Enxidro” pertencentes a Maria Marques da Silva, mais conhecida por Maria da Estalagem.

Essa estalagem existiu numas casas altas (de rés-do-chão e primeiro andar) do lado sul da Capela da Casa de Santo António, onde mais tarde José Pereira de Lima fez a sua habitação (local onde funcionou o Posto Médico) e parte de uns terrenos pertencentes aos filhos de José Santiaguinho, João e Jerónimo Gonçalves de Almeida.

Fonte: Delfim Bismarck Ferreira, Jornal de Albergaria (09-07-2002) (adaptado)

Imagem: Avenida da Praça Nova in "Albergaria-a-Velha – Oito Séculos do Passado ao Futuro” (António Homem de Albuquerque Pinho)

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