sexta-feira, 12 de junho de 2015

Património arquitectónico relevante


1 – Casa de Viriato Vidal – Rua Santo António e Rua Almirante Reis

É um edifício de gaveto que se localiza nas Ruas de Santo António e na Rua Almirante Reis, no Centro da Cidade de Albergaria-a-Velha. A sua construção remonta ao século XX. É um exemplar que se insere na arquitectura característica dos “Torna Viagem”.

O edifício pertenceu à Senhora Luísa Vidal e ao Arquitecto Viriato da Silva Vidal, que, para além de proprietário, foi o autor do projecto.

O edifício desenvolve-se em três pisos, claramente assinalados nas fachadas, fazendo a distinção e a separação entre eles com friso e cunhais de proporções muito elegantes.


2 – Casa e Capela de Santo António – Rua de Santo António

A Casa e Capela de Santo António situam-se na Rua de Santo António, no Centro da Cidade de Albergaria-a-Velha. É considerada uma das mais emblemáticas construções do Concelho e foi mandada edificar no final da década de 30 do século XVIII, pelo Capitão Dr. João Ferreira da Cruz. Em 1843 passou para a posse da família Castro e Lemos, tendo sido vendida várias vezes. No ano de 1967 é adquirida por Francisco de Jesus Rodrigues da Silva, adaptando-a interiormente para casa de comércio e indústria de confecções, preservando somente a fachada, a Capela e algumas divisões; em 1982 estava ocupada ainda por uma fábrica de camisas.

É uma construção de tipo provincial, flanqueada por casas urbanas de 1 e 3 pisos. A ampla fachada principal é virada sobre a rua e está dividida em três sectores, partindo no Norte: ala residencial, portão nobre e capela.

O edifício apresenta planta rectangular, sensivelmente irregular na fachada posterior. A ala residencial e a Capela são corpos volumetricamente distintos, com coberturas diferenciadas em telhados de 2 águas. A ala residencial tem dois pisos com fachada principal flanqueada por pilastras toscanas. É composta de cinco vãos, tanto num como noutro piso, tendo no primeiro piso, portas simples de verga recta saliente, encimadas por janelas.

A Capela de nave única e capela-mor. É de construção posterior à casa, tendo inscrita na fachada a data de 1750.

A Casa de Santo António está classificada como M.I.P – Monumento de Interesse Público, Portaria n.º 144/2014, Diário da República, 2ª Série – N.º37 – 21 de fevereiro.

Ainda é de acrescentar, que foi fixada na envolvente à Casa de Santo António, uma ZEP – Zona Especial de Protecção, Anúncio n.º59/2013, Diário da República, 2.ª Série, N.º 27, de 7 de fevereiro de 2013.


3 – Casa do antigo Posto Médico – Rua de Santo António

A Casa onde em tempo passado se instalou o Posto Médico, localiza-se na Rua Santo António, no centro da Cidade e na ZEP - Zona Especial de Protecção.

É um edifício do início do século XX, concretamente do ano de 1901. Desenvolve-se em dois pisos, a fachada principal é simétrica, tripartida, marcada por colunas que evidenciam o núcleo central da mesma.

A influência da corrente artística de Arte Nova é presente não só nos gradeamentos em ferro forjado que aparecem nas sacadas e parapeitos, mas principalmente nos florões que encimam os lintéis em arco completo dos vãos do núcleo central da fachada.


4 – Castelo da Boa Vista (Biblioteca Municipal) – Praça Dona Tereza/Rua do Hospital

O Castelo da Boa Vista / Biblioteca Municipal, localiza-se numa Quinta na Praça Dona Tereza e na Rua do Hospital, no centro do Município. Data do início do século XX.

É um edifício singular, mandado construir, no ano de 1900, pelo empresário João Patrício Alvarez Ferreira como casa de veraneio. Mostra linguagens arquitectónicas e correntes artísticas distintas, procurando manter o equilíbrio neoclássico com destaque do frontão e a arquitectura militar, com uma espécie de muralha com torres.

Neste momento, é propriedade do Município e foi alvo de obras de requalificação para a instalação da nova Biblioteca Municipal.


5 – Casa do Dr. António Pinho – Praça Ferreira Tavares

Localiza-se na Praça Ferreira Tavares, no coração urbano da Cidade, junto à Câmara Municipal.

Pertenceu a um conceituado estudioso local, Dr. António de Pinho e considera-se uma das mais exuberantes manifestações de Arte Nova da Cidade. As estruturas são em granito de bom lavrado, tratando, no geral, temática floral e conchas.

O alçado principal é ostentoso sendo no primeiro andar onde se concentra a maior riqueza decorativa. A fachada apresenta dois conjuntos de janelas geminadas e amplas, ladeando o portal ao centro, no qual se inscrevem duas portas. Por cima deste, assenta a varanda nobre da casa para onde se abrem três janelas, maior a do centro e convertida em porta.


6 – Casa Quinta da Fonte – Rua Eng.º. Duarte Pacheco

A Casa Quinta da Fonte, localizada na Rua Engenheiro Duarte Pacheco, considerada um grande exemplar de Arquitectura Civil, residencial e vernácula, é um edifício de dois pisos, composto por dois corpos, casa principal e celeiro, de planta em L.

Arquitectura do Século XVIII, alinha-se na fachada principal quatro janelas e uma sacada média; os vãos estão protegidos por caixilharia de madeira pintada com cor branca e moldura exterior pintada de cor verde; a fachada da direita segue a mesma ideologia.


7 – Casa do Mouro – Rua Dr. José Henriques

A Casa do Mouro, é um edifício de gaveto situado no ângulo das ruas Dr. José Henriques e Dr. Alexandre de Albuquerque; enquadrada num espaço urbano, reúne-se com casas de 1 a 2 pisos. A sua utilização actual é comercial e residencial. Data dos finais do século XVIII, embora já tenha sofrido alterações com acrescentos nas fachadas laterais.


8 – Casa da Família Vidal – Praça Ferreira Tavares

A Casa da família Vidal, insere-se também no Centro da Cidade, na Praça Ferreira Tavares. Constitui, tal como a casa anterior, uma referência de grande valor na corrente artística da Arte Nova. É uma obra de arquitectura de traçado simples, que se desenvolve em dois corpos, um avançado sobre a praça e outro, recuado, no qual se insere uma singela escadaria com o seu gradeamento em ferro forjado, continuada em varanda ampla, aberta e guarnecida, também em ferro forjado da época.

A fachada do corpo recuado era originalmente pintada com temática de flores e nenúfares em que se movimentam gansos brancos; no entanto, foi repintada em 1991, sem a força original, o que lhe conferia especial requinte, na tradição de uma família que se afirmava culta nas artes, música, literatura, pintura e arquitectura.

Fonte: Memória descritiva da Proposta de Delimitação da Área de Reabilitação Urbana (ARU)

Sem comentários: