José Armando da Silva Ferreira nasceu a 19 de Agosto de 1933 em Albergaria -a-Velha, filho de Ezequiel da Silva e de Esmeralda da Silva Ferreira.
Frequentou os Seminários dos Olivais e de Évora, abandonando quando estava para ser ordenado sacerdote para se casar em 1963 com Mana Aida Coelho de Lemos da Silva Ferreira.
Licenciou-se pela Faculdade de Direito de Lisboa, em 17 de Outubro de 1967, começando por ser Inspector do Instituto Nacional de Trabalho. Inscreveu-se como Advogado em 25 de Agosto de 1969, passando a exercer em Lisboa.
Silva Ferreira escreveu o Manual de Direito do Trabalho III Volume, publicado em 1972 pela FDL (Faculdade de Direito de Lisboa) e foi Administrador das Galerias RITZ , em Lisboa, em 1973.
Ainda no período pré-revolucionário foi advogado do editor Romeu de Melo no âmbito do famoso caso das “Três Marias”, no processo relativo à obra “Novas Cartas Portuguesas”, a qual logo após publicação foi considerada deletéria [nociva] ao regime e proibida pela censura. Os textos foram considerados “imorais” e “pornográficos” pois retratavam mulheres livres, que questionavam a sua identidade e expressavam o desejo de aceder a novas ideias sociais e religiosas, em tom de revelação, com várias vozes narrativas”. O processo acabaria suspenso e as autoras absolvidas somente após o 25 de Abril de '1974.
Ao fundo à esquerda |
Em 1975, com Adelino da Palma Carlos, colabora e elabora normas constitucionais na área do Direito de Trabalho que viriam a constar do texto de1976 da Constituição. Como advogado da IPM – Indústria Portuguesa de Munições foi, por diversas vezes, ameaçado pelas FP 25. Nos anos 80 foi advogado do Prof. Dr. Virgílio Borges no gigantesco processo que a Câmara Municipal de Cascais lhe moveu sobre a implantação do maior painel solar fotovoltaico que veio a ser aprovado e implantado.
Foi também advogado da RENA e da Alitalia, bem como de importantes clientes internacionais. Presidente da Assembleia Geral da ENGIL e da Air Liquide e Vogal do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem de Advogados (no triénio 1984-1986).
Foi administrador do Legado Napoleão, por indicação da Câmara Municipal, do qual se afastou no final dos anos 90 por divergências com a autarquia presidida pelo Dr. Rui Marques.
Exerceu advocacia até Dezembro de 2005, altura em que se aposentou e transferiu residência para Albergaria-a-Velha onde faleceu em 19 de Abril de 2013.
Fonte: Correio de Albergaria (Adaptado)
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