segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

“Angeja e a Região do Baixo Vouga” de Ricardo Nogueira Souto (1937)


"Consagrando este modesto trabalho a factos e pessoas de Angeja e da região, ou que a elas se liguem por qualquer motivo. (…)

Conheço muito pouco da história de Angeja, porque é escassa a sua documentação, mas esse pouco, que em resumo vou referir, é suficiente para pôr em evidência a superioridade da vila de Angeja, entre as povoações circunvizinhas. Também vão inseridas biografias e perfis de alguns filhos desta terra e da região."



Sumário

- Prefácio de Augusto de Castro.
- Palavras prévias
- Angeja – sua situação e ligeira notícia descritiva
- Breves noções geológicas da região;
- Alterações ou evolução da Barra de Aveiro;
- Sua influência na improdutividade e insalubridade dos nossos campos;
- Crise económica e aumento da mortalidade dos povos circunvizinhos;
- Antiguidade provável de Angeja, - séculos antes de Cristo, - sua explicação
- Sua importância no passado e recordações histórica
- A Igreja, sua fundação e história.
- Um conjunto de pequenas biografias, nomeadamente das Famílias Sá Pinto Eça e Noronha, Soares Ferreira, Souto e Nogueira
- Impressões sobre as belezas naturais de Angeja da grande pintora D. Eduarda Lapa e da distinta escritora D. Maria de Carvalho
- Conclusão
- Notas autobiográficas

4 comentários:

adr disse...

Num dos facebooks da Clara de Sousa tem uma pequena referência a Angeja.

http://pt-br.facebook.com/claradesousa.aminhacozinha/posts/148853668554226

RC disse...

Li algures que Clara de Sousa é filha de uma senhora natural de Angeja, daí naturalmente a referência.

Blogger disse...

Angeja nas palavras de Maria Eduarda Lapa (pintora e paisagista)

Lisboa, 7/7/1937

-----É sempre díficil para mim ter de trocar os pincéis por uma pena: não gira nas minhas mãos inábeis com leveza, como, quando trabalho numa tela de flores ou de água. Angeja! quantos encantos possui e de quantas coisas belas não só nos inspira, como vêm de encontro a nós sem que seja necessário procurar - quanta vez, tanta canceira! Labor díficil para um artista pintor.

-----Angeja, é de uma beleza magestosa - o entardecer é inebriante da poesia, quanto o contemplei, quási com misticismo e adoração!

-----Surgem a cada momento quadros, quadros cheios de interesse que se oferecem aos nossos olhos, como as riquíssimas margens do Vouga... aquele vai-vem dos tradicionais carros de bois atravessando o rio. Evoco claras manhãs, como recordo manhãs de brume tão da minha simpatia!

-----E a povoar essa paisagem de maravilha as figuras animadas, elegantíssimas, das suas lavradeiras.

Fonte: "Angeja e a Região do Baixo Vouga" de Ricardo Nogueira Souto

Blogger disse...

Comentário de Clara de Sousa

"Comi muito disso em Angeja-sur-Vouga nos verões da minha infância. O leite era fervido porque tinha acabado de sair da vaca tinha mesmo de ser!"