segunda-feira, 20 de abril de 2015

Albergue de Peregrinos Rainha D. Teresa


Foi inaugurado no início deste mês o "Albergue de Peregrinos Rainha D. Teresa", que resulta de obras de adaptação da antiga Casa dos Magistrados de Albergaria-a-Velha, e vem completar a rede de albergues existentes ao longo do Caminho Central Português de Santiago de Compostela.

O Caminho Central Português de Santiago de Compostela é o segundo itinerário jacobeu mais importante da Europa e, ao longo dos tempos, já foi percorrido por importantes figuras da História, tais como a Rainha Santa Isabel, D. Manuel I ou o humanista Francisco de Holanda.

As obras de adaptação da antiga Casa dos Magistrados implicaram um investimento de cerca de 126 mil euros e o Albergue de Peregrinos Rainha D. Teresa é visto como um investimento estratégico da autarquia, na medida em que a sul do Porto existem poucos albergues municipais para receber os milhares de peregrinos que, todos os anos, fazem o trajecto.


O albergue é composto por três pisos. Na cave há uma garagem, uma zona de tratamento de roupa, uma arrecadação de mochilas e uma zona balnear com lava-pés e WC. Por seu lado, no rés-do-chão existe a recepção, uma sala de convívio, uma cozinha comum, uma sala de tratamento e auxílio aos peregrinos e uma arrecadação de mochilas. No 1.º andar o albergue disponibiliza quatro quartos, com capacidade para acolher 25 peregrinos, bem como balneários femininos e masculinos. Finalmente, no exterior, há uma zona de lazer com duas mesas e um lava-louça.

O vereador da Cultura da Câmara de Albergaria-a-Velha, Delfim Bismarck Ferreira, recordou, na cerimónia de inauguração do Albergue, a importância da cidade como ponto de confluência nas peregrinações medievais a Santiago de Compostela. Por ali vinham “os peregrinos do Sul, por Águeda, no Caminho Português, e do Nascente, por Sever do Vouga, naquele que é considerado o Caminho do Interior Vouga-Caramulo”.

Para a Câmara Municipal a abertura de um albergue no concelho "reveste-se de um significado especial, pois foi aqui que a Rainha D. Teresa fundou a primeira albergaria para “pobres e passageiros” no século XII", tendo um enorme potencial, não só no âmbito do contexto internacional do Turismo Religioso, mas também para a dinamização da economia local.

Fontes: Diário Digital / Lusa / Ponto e vírgula / CMAAV

 

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