quarta-feira, 30 de janeiro de 2019
Albergaria-a-Velha assinala o centenário da Monarquia do Norte com palestra na Biblioteca Municipal
O Município de Albergaria-a-Velha organizou no dia 28 de janeiro, na Biblioteca Municipal, a palestra "Centenário da Monarquia do Norte ou Traulitânia em Albergaria-a-Velha". Com início às 18h30, a iniciativa contou com intervenções dos historiadores Delfim Bismarck Ferreira e Rafael Marques Vigário.
A Monarquia do Norte foi uma contra-revolução ocorrida na cidade do Porto, a 19 de janeiro de 1919, pelas juntas militares favoráveis à restauração da Monarquia em Portugal.
Depois do assassínio do presidente Sidónio Pais em dezembro de 1918, o país esteve à beira de uma guerra civil, com monárquicos e republicanos a lutarem entre si para a tomada do poder.
No Porto, os apoiantes da Monarquia criaram uma Junta Governativa e começaram logo a legislar para demonstrar a sua legitimidade e “apagar a República”.
De 20 a 28 de janeiro de 1919, em Albergaria-a-Velha, hasteou-se a bandeira monárquica, havendo registo de diversos confrontos em Angeja, Frossos e São João de Loure.
A Monarquia do Norte só durou até 13 de fevereiro.
Em Lisboa, depois de tomarem conhecimento da contra-revolução, os republicanos enviaram tropas para o norte e, em menos de um mês, esmagaram a revolta. Foi o fim da última grande manifestação em defesa da Monarquia que decorreu em Portugal.
Fonte: CMAAV
Em Albergaria-a-Velha, a instabilidade também era regra; de 1911 a 1919, houve 28 Administradores do Concelho (representantes do Governo) e 13 Presidentes de Câmara.
Na noite de 19 de janeiro de 1919, correu o boato de que a Monarquia tinha sido restaurada no Porto e, na manhã seguinte, foi hasteada a bandeira monárquica no Edifício dos Paços do Concelho. Foi o início dos confrontos entre republicanos e monárquicos, com colunas militares das duas facções a virem de toda a região e a transformarem o Concelho – nomeadamente as margens do Rio Vouga, entre Angeja e S. João de Loure – num campo de batalha.
Pontes destruídas, populações em fuga e uma grande confusão geral pautaram a semana. No mesmo dia, hasteava-se a bandeira monárquica, para logo depois ela ser substituída pela republicana. Mas apesar do cenário de guerra, só faleceram dois Albergarienses, sendo os outros mortos militares vindos do exterior.
Fonte: CMAV (adaptado)
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