segunda-feira, 30 de junho de 2008

Alba (década de 50)

O Almanaque de Aveiro publicou uma fotografia de uma das primeiras equipas do Alba com o título "Sport Clube de Alba - Uma das Equipas do distrito que melhor futebol pratica"


De pé e da esquerda: Pedro Alves, Necho, Domingos Marques, Alfredo, F. da Silva, Bastos, Pedro e Fernando. No 1.° plano: Monteiro, VidaI, Eugénio Alves, Araújo, Moura e Raúl.

Fonte: Almanaque de Aveiro

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Maria de Lourdes Resende

Maria de Lourdes Resende é uma conhecida cantora portuguesa, que nasceu no Barreiro, em 29 de Janeiro de 1927, tendo-se iniciado nas cantigas na freguesia de Alquerubim (conforme é referido na "Enciclopédia da Música Ligeira Portugal" coordenada por João e Luís Pinheiro de Almeida).

Alcunhada de "a feia-bonita", Maria de Lurdes Resende daria uma resposta digna do seu carácter, popularizando a cantiga "A Feia".

Mas "Alcobaça" foi o seu grande êxito em Portugal e além fronteiras. "Quem passa por Alcobaça, não passa sem lá voltar...". Quem não se lembra das palavras desta canção?

E foi justamente em Alcobaça que Maria de Lurdes Resende foi homenageada por ocasião dos seus 50 anos de carreira, no Cine-Teatro daquela cidade, que reuniu inúmeras vedetas contemporâneas, autores e compositores, amigos e familiares. Maria de Lurdes imortalizara Alcobaça e esta imortalizou-a dando-lhe o nome a uma das suas principais ruas.


Prémios

Prémio de cançonetista no Concurso de Artistas Ligeiros da Rádio (1948).

Prémio da Canção de Sucesso, realizado em Génova, com a canção "Alcobaça", com letra de Silva Tavares e música do maestro Belo Marques (1955).

"Rainha da Rádio" num concurso promovido pela revista Flama (1955).

"Rainha do Espectáculo" num concurso da revista Plateia (1956).

"Rainha da Rádio" e Prémio de Imprensa (1962).

1º e 2° prémios do Festival Internacional da Canção, em Toronto, Canadá (1966).

"Maior Cançonetista Portuguesa" pela Imprensa de Angola (1967).

Homenagens

Em 1970 recebe a Comenda da Ordem de Benemerência, por ocasião dos seus 25 anos de carreira. Protagoniza ainda a peça "Um Chapéu de Palha de Itália" do TEC.

Recebeu as Medalhas de Prata das Câmaras Municipais do Barreiro, Alcobaça e Lamego e também a Medalha de Ouro da Câmara Municipal do Barreiro.



Diversos

Em 1957 participa na primeira emissão da RTP.

Em 1964 estreia-se como apresentadora de TV num concurso com Artur Agostinho.

Em 1970, protagonizou a peça "Um Chapéu de Palha de Itália" do TEC.

Fontes/Mais informações: Macua, Wikipedia / Informa02

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Cristiano Leal, pintor e fotógrafo (1841-1911)



Cristiano Vicente Leal, pintor retratista e fotógrafo, nasceu em 1841, em Palhais (Barreiro). Era filho de um antigo criado do rei D. Carlos, tendo convivido na corte com os filhos destes e talvez por influência do rei-Pintor, D. Carlos, fosse tocado para a profissão que haveria de ter ao longo da vida, fotógrafo e pintor.

Residiu em Albergaria-a-Velha. Aqui teve um excelente atelier de pintura e de fotografia e fez exposições de pintura no Porto, muito elogiadas pelos jornais da época.

Colaborou, nos primeiros anos do século XX, com o jornal "Correio d'Albergaria", tendo surgido, pela primeira vez num periódico de Albergaria, fotografias de paisagens, palacetes e ruas da região e retratos à pena da sua autoria.

Foi casado com a professora primária D. Guilhermina Leal e tiveram quatro filhas, todas nascidas em Albergaria-a-Velha, e que casaram em Albergaria e Alquerubim, de que há descendentes.

Fontes: Albuquerque Pinho (Jornal de Albergaria, 01/02/2000); Valter Santos (Caima Jornal); Delfim Bismarck

Mais Informações sobre Christiano Vicente Leal

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Paus

Paus é um lugar da freguesia de Alquerubim, que dista aproximadamente três quilómetros do centro da freguesia e oito da sede do concelho, Albergaria-a-Velha.

As referências a esta povoação são antigas. Assim, o nome do lugar de Paus aparece no reinado de D. Fernando, que doa estas terras a D. João Afonso, Conde de Barcelos. Século e meio mais tarde, mais precisamente em 2 de Junho de 1516, o Rei D. Manuel deu foral a “Paos”, tentando desta forma diminuir o domínio tirânico que alguns Nobres e membros do Clero exerciam sobre os seus senhorios.

Se em 1527, quando mandou fazer o primeiro censo que se conhece sobre este lugar, D. João III foi informado que a “villa de Paos” possuía 20 moradores, já em 1834 o concelho de Paus possuía 1186 habitantes e em 2001 a população da freguesia de Alquerubim era de 2384 habitantes, não sendo possível saber quantos destes pertenciam ao lugar de Paus.

Paus foi vila e cabeça de concelho e, pertenceu ao Almoxarifado de Eixo, fazendo parte da Corregedoria de Barcelos e tributária da Casa de Bragança.

Em 1834 foi criado o concelho de Albergaria-a-Velha, do qual fazia parte a freguesia de Alquerubim, criada a partir do antigo concelho de Paus. Em 1842, e por influência de um natural de Alquerubim e partidário do governo de Costa Cabral, foi novamente criado o concelho de Paus, substituindo o de Albergaria-a-Velha. Esta situação só se mantém durante quatro anos e, com o fim do Cabralismo, Alquerubim torna-se uma freguesia de Albergaria-a-Velha e Paus apenas um lugar dessa freguesia.

O Dr. José Correia de Miranda foi nomeado Administrador do Concelho de Paus, por decreto, em 22 de Novembro de 1842, mantendo-se no cargo até ao início de 1848.

Hoje, a população activa desta localidade divide-se por várias ocupações, sendo as mais importantes a agricultura de subsistência e o operariado nas fábricas do concelho ou nas indústrias existentes na zona vizinha de Águeda. Apesar de ser um meio predominantemente rural, onde os rendimentos não são muito elevados, não se verificam, nas famílias dos alunos que frequentam esta escola, casos de extrema dificuldade económica.

Fontes: EB1, Manuela Duarte

Capela da Nossa Senhora das Dores (Paus)

quinta-feira, 12 de junho de 2008

José Correia de Miranda (1814-1895)

 

Nascido em Ameal, freguesia de Alquerubim, no início do século XIX [30-05-1814], era filho do Capitão Francisco Correia de Melo e de D. Maria Rita de Miranda, neto paterno de Francisco Correia e D. Maria Josefa, naturais e residentes em Paus, e neto materno de Manuel José da Silva e D. Maria Joana de Miranda, naturais e residentes em Assilhó. 

Formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra, em 14 de Junho de 1841, vindo viver para a companhia de seus pais no lugar de Ameal (Alquerubim), onde abriu escritório de advogado. 

Casou em 15 de Agosto de 1843, com D. Rosa Teresa de Jesus, natural de Cortegaça, filha de João Marques da Costa e de D. Teresa Victória dos Santos, residentes em Travassô, na “Quinta da Póvoa”, de quem teve um filho único que faleceu ainda criança. 

Em 22 de Novembro de 1842, foi nomeado por decreto Administrador do Concelho de Paus, onde se manteve até ao início de 1848. Foi então residir para Travassô, onde viveria até 1882, sendo eleito diversas vezes Vereador da Câmara Municipal de Águeda, e Procurador à Junta Geral do Distrito de Aveiro, eleito pelo concelho de Águeda, fazendo parte de uma comissão para estudar e propor os meios para remediar os estragos produzidas nos campos marginais do Rio Vouga, provocados pelas minas existentes junto ao Rio Caíma e Rio Mau. 

Foi ainda, co-fundador da Irmandade dos Santos Mártires, em Travassô, sendo o autor dos seus estatutos, e autor de várias posturas municipais do distrito de Aveiro. Colaborou na “Revista de Legislação e Jurisprudência”, de Coimbra. 

Em 1866, publicou “Dissertação Histórico Jurídica” em defesa dos povos do extinto Almoxarifado de Eixo (do qual fazia parte Paus) nas causas e fóros e rações, que lhes moveu a Sereníssima Casa de Bragança. 

Esta obra foi composta e oferecida aos foreiros, revertendo o produto da venda da obra para custear a impressão e a questão judicial. Exerceu sempre advocacia, mas devído a surdez não ia aos tribunais, dedicando-se ao estudo e a dar pareceres, que eram sempre muito considerados e respeitados. 

Em Julho de 1882, transferiu residência de novo para Ameal, dedicando-se ao estudo da história local e regional deixando um vasto conjunto de cadernos de apontamentos, importantes para o conhecimento da nossa história. 

Faleceu em 25 de Abril de 1895, no lugar de Ameal, sendo sepultado no dia 27 do mesmo mês. 

Fonte: Delfim Bismarck 

Era tio-avô de Domitila Hormizinda Miranda de Carvalho que foi a primeira estudante que se matriculou na Universidade de Coimbra.

Domitila de Carvalho nasceu em S. Martinho de Travanca, Santa Maria da Feira (onde o seu pai era professor régio), a 10 de Abril de 1871. 

Fez os primeiros estudos em Castelo Branco, no liceu daquela cidade, tendo também frequentado os liceus de Bragança e Leiria, e terminado o curso liceal em 1891. Para frequentar a Universidade de Coimbra foi obrigada, por indicação do reitor, a trajar sempre de negro e de um modo sóbrio de forma a que não se evidenciasse face a todos os colegas, obrigatoriamente vestidos de capa e batina botoada. 

Domitila matriculou-se no ano lectivo de 1891-1892, tendo concluído três cursos: - o de Matemática (1894), de Filosofia (1895) e de Medicina (1904), este com 16 valores. 

De 1891 a 1896 foi a única estudante que frequentou a Universidade de Coimbra! Exerceu clínica em Lisboa e, em 1906, assumiu a direcção do Liceu Dª Maria Pia para o sexo feminino. No Liceu Maria Pia leccionou várias disciplinas, tendo ficado somente com a disciplina de Matemática quando o Liceu passou a designar-se por Liceu Maria Amália Vaz de Carvalho. 

Publicou alguns livros de versos, um dos quais impresso em Coimbra em 1909 e prefaciado por Afonso Lopes Vieira. Realizou um grande número de conferências sobre assuntos literários e de educação. 

Em 1935 foi deputada à Assembleia Nacional (1935-1938 e 1938-1941). Fez parte igualmente do extinto Conselho Superior de Instrução Pública. Faleceu na capital a 11 de Novembro de 1966. 

Fontes: Câmara de Coimbra / moliceiro / Margarida Carvalho

quarta-feira, 11 de junho de 2008

"Minha Terra" de Júlio de Castro (1933)

Minha terra é a mais linda
Que todas de Portugal!
Tão linda que até o Sol
Lhe bate como em Cristal!

A minha terra tem árabe
Na sua origem principal...
Humilde velhinha era
Quando nasceu Portugal!

Do poente a minha terra
Tem São João... a rezar;
A ver se algum dia pode
Vir de lá p'ra cá morar!

A minha terra tem santos
Da corte celestial;
Pedro, António, Luís - tantos...
Que até um Rei há no Fial!...

No Ameal, a Santa Marta
E São Braz em Beduído;
Pedro em Paus... e em Calvães falta
Estêvão... por ter fugido!...

Minha terra, de lugares
Um dos quais é principal:
Não é Fial, Calvães nem Fontes,
Beduído ou Paus - mas Ameal.

...
Fonte: Boletim Informativo

terça-feira, 10 de junho de 2008

Alquerubim

Alquerubim é uma das freguesias do concelho de Albergaria-a-Velha, englobando os lugares de Fontes, Ameal, Calvães, Fial, Paus, Beduído e Salgueiral.

Alquerubim é nome de região e não de povoado, situada na margem direita do Rio Vouga, na fértil área afluvial do rio, na zona fronteira às confluências do Marnel e do Águeda.

Aparece-nos na larga doação e dotação de 26 de Janeiro do ano de 956, feita por Mumadona Dias ao Mosteiro de Guimarães.

Um braço de mar avançava, nesses tempos remotos, pelo Vale do Vouga, fazendo com que na planície que cercava "Alkarovim" se explorassem salinas.
Perdido território pela conquista de Almansor, vamos encontrar, nas vésperas da tomada de Coimbra, Alquerubim, incluída nos bens que já por posse ou por simples direitos a deduzir, pertenciam ao mosteiro Vimaranense, segundo o inventário de 1059.

A sede do concelho medieval era Paus (constituído apenas pela freguesia de Alquerubim, que tinha, em 1801, 1.252 habitantes), hoje um dos lugares da freguesia.

Em Alquerubim existem diversos pontos de interesse turístico:

a) Património natural: Cabeço de Santo Estêvão, margem do Rio Vouga (com boas praias fluviais), Costa de Paus, Alto da Igreja Nova, ...

b) Património histórico: Igreja Paroquial (Santa Marinha), construída nos séc. XVII e XVIII, hoje bastante alterada, possui retábulos barrocos do séc. XVIII. Solares de Pardos, Baeta, Paus e Soengas, capelas de N. Sra. das Dores, Santa Marta, S. Brás e S. Pedro.

c) Principais festividades: Pica Boi (Fial) - último domingo de Maio, Festa do Monte (Beduido) - feriado do Corpo de Deus; Festas Populares - Junho/Julho; Festa de Santa Marinha - último domingo de Julho; São Luís (Fial) - Agosto/Setembro; N. Sra. das Dores (Paus) - 2º ou 3º domingo de Setembro; Santa Marta (Ameal) - data móvel; Stº Estevão (Calvães) - data móvel.

Fonte: Isabel Fernandes, alquerubimonline, JOS (foto)

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Brasão de Angeja



Brasão: de azul, uma torre torreada de dois torreões, tudo de prata, com porta, frestas e lavrado de negro, tendo entre os dois torreões a imagem nascente de Nossa Senhora das Neves, vestida de vermelho, coroada e nimbada de ouro.

Coroa mural de quatro torres de prata.

Listel branco com a legenda a negro: «Vila de Angeja».

domingo, 8 de junho de 2008

Angeja: O meu passado, presente e futuro


Em Novembro de 2002, tive efectivo conhecimento que o trisavô Francisco Nunes de Oliveira, do meu ramo materno, havia nascido em Angeja, corria o ano 1853.

Angeja era-me completamente desconhecida e, como tal, dada a minha forma de estar perante a vida, iniciei de imediato buscas sobre a localidade. Sendo um aficionado das novas tecnologias, fui pesquisar Angeja na Internet e encontrei alguma informação, que ainda hoje guardo religiosamente. Neste meu primeiro contacto com Angeja fiquei de imediato agradado com as fotos que vi, assim como com uma frase que li: “(…) é uma das freguesias com um passado histórico muito importante (…)”. A partir daqui o meu nível de interesse sobre Angeja começou a aumentar exponencialmente. Efectivamente, a ansiedade começou, a partir daí, a tomar conta de mim.

Passados poucos dias desta pesquisa e tendo que me deslocar a Aveiro, por motivos profissionais, tive a oportunidade de visualizar uma placa indicativa na estrada que dizia em letras garrafais “Angeja”, o que consistiu noutro momento interessante nesta minha descoberta sobre a Vila, pois o caminho, de forma natural, abria-se.

Lembro-me de, nessa ocasião, ter pensado: “depois do seminário, vou a Angeja”. E assim fiz. Ao início da noite, quando voltava à Trofa, fui a Angeja e, lentamente, conduzi o carro pela rua principal, “devorando” as casas antigas, a igreja, a Praça da República, o pelourinho... Como era noite, a iluminação conferia um carácter encantador a todos estes edifícios. Lembro-me de ter pensado, “onde teriam morado os pais do trisavô?”.

Vim-me embora com uma sensação de alegria e pensei: “bem, tenho de cá voltar”. E assim fiz. No domingo seguinte, desloquei-me com amigos ao cemitério local e fui pesquisar campas onde houvesse inscrições com o nome de família “Nunes de Oliveira”. Estava um belo dia de sol, o que foi muito útil para que continuasse a ter uma boa impressão da Vila, pois as pesquisas que realizei no cemitério revelaram-se infrutíferas.
(...)
Fruto destes contactos, comecei por ser assinante do Jornal D’Angeja e, mais tarde, seu colaborador. Inicialmente, vi alguns dos meus textos publicados no Jornal e, posteriormente, fui participando activamente em várias das actividades da “Associação Os Amigos do Jornal D’Angeja”, da qual sou agora Associado.
(...)
Curiosamente, ainda não sabia que as minhas origens eram do Fontão, quando, neste Verão, fiz uma visita guiada pela freguesia e a conheci aprofundadamente, ficando na altura encantado com este lugar. Seria o sangue a chamar?

Até ver, Angeja - meus passado, presente, e, certamente, futuro - é uma terra de pessoas dinâmicas, não obstante os ventos que, por vezes, sopram menos favoráveis, e é uma terra de recantos encantadores que, melhor ou pior, têm vindo a ser alvo de requalificação.

Ao Jornal e à Associação desejo uma quadra natalícia repleta de momentos vividos em pleno, sabendo que sempre poderão contar com a minha colaboração e apoio nos projectos que estão na forja.

Fonte: Luís Moura Serra, MarForum

sexta-feira, 6 de junho de 2008

A Angeja de Paulo Tanoeiro

Paulo Tanoeiro é natural de Angeja onde reside e trabalha.

Frequentou o Curso de Artes Gráficas na Escola Artística da Árvore (Porto) entre 1991/1994, e também o curso Superior de Tecnologia e Artes Gráficas de Tomar. Tem uma licenciatura em Desenho e Artes Plásticas, feita na Escola Superior Artística do Porto (ESAP).

Obteve vários primeiros prémios nacionais. Participou em várias exposições colectivas de pintura. As suas obras estão representadas em várias colecções particulares não só em Portugal como também nos E.U.A, Venezuela, França e Colômbia.

Pelourinho


Praça de Angeja


Capela do Fontão



Fonte: blog oficial, clube de fâs

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Manuel Capela, Guarda-Redes de Futebol

Manuel Capela nasceu em Angeja em 9 de Maio de 1922, tendo sido um dos melhores guarda-redes portugueses durante a década de 40 (cinco vezes internacional pela Selecção).

Tendo iniciado a sua carreira em clubes da região (Beira Mar e Ovarense), foi no Clube Futebol "Os Belenenses" que começou por se destacar, sendo um dos baluartes na única vitória do Belenenses no campeonato da primeira divisão de 1945-46.

Capela (Guarda-redes), Vasco e Feliciano (os defesas) eram então conhecidos como as “Torres de Belém”, quer pela sua estatura (deveras impressionante a de Capela) quer pela quase inexpugnável muralha defensiva que formavam em campo.

Para Capela, o êxito ficara a dever-se às duas duras sessões de treino semanais, "uma de ginástica e outra de bola", que todos os jogadores "faziam com sempre renovado prazer na emoção das Salésias", antes ou depois de mais um dia de trabalho.

Pouco tempo depois apareceu na Académica de Coimbra, com o pretexto de prosseguir os seus estudos de Letras. Segundo Homero Serpa (jornalista de "A Bola") esta vontade não era nova e se não fosse um seu tio - um grande Belenense - a interceder em épocas anteriores, mais cedo teria deixado o Belenenses. A única contrapartida que o Belenense conseguiu foi a de que caso Capela viesse a sair da Académica, seria apenas para o Belenenses (deixando Sporting, Benfica e Porto sem hipóteses). Não se verificou e Capela ainda chegou a tornar-se uma lenda na Académica, chegando também a internacional (5 vezes). Totalizou 51 jogos pelo Belenenses em Campeonatos.

Fontes: Canto Azul / Belenenses Ilustrado / "A Bola"