Filho do Cap. Dr. João Ferreira da Cruz e de sua mulher D. Joana Maria Álvares, o Cap. Dr. João Gualberto Xavier da Cruz Tavares de Lemos e Carvalho, ou de Tavares e Lemos, como também se assinava, foi Morgado de três Quintas e Capelas.
Duas vinculadas por seu pai, que eram a "Casa e Capela de Santo António", em Albergaria-a-Velha, de que foi 2.º Senhor, a "Quinta e Capela dos Morgados de Nossa Senhora do Amparo", no Sobreiro, e ainda a "Quinta e Capela dos Morgados de Santo António" em Valmaior, já vinculada de seus antepassados maternos e onde possuía bastantes propriedades adstritas e vinculadas a esta capela e que lhe serviam de património. Foi ainda, 1.º Senhor da "Casa da Travessa", em Albergaria-a-Velha, que mandou edificar.
Nasceu em 7 de Julho de 1738, na "Casa de Santo António", em Albergaria-a-Velha (...)
O Cap. Dr. João Gualberto era Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, mas, à semelhança de seu pai, tornou-se Capitão de Ordenanças, abandonando a magistratura.
Faleceu em 8 de Março de 1810, na Rua do Atoleiro, em Albergaria-a-Velha, onde foi sepultado no dia 10 do mesmo mês na Capela-mor da Igreja Paroquial de Santa Cruz. Note-se que as pessoas sepultadas na Capela-mor da Igreja, eram, sem dúvida, as mais notáveis da sua terra. (...)
Fonte: Delfim Bismarck Ferreira
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Carnaval de Albergaria-a-Velha

É da memória comum que os Carnavais de Albergaria-a-Velha foram, desde a primeira década do séc. XX, dos melhores da região. Eram, sobretudo animados os carnavais de rua com numerosos carros engalanados e simbólicos dos quais se estabeleciam renhidas batalhas de flores, "confettis" e "serpentinas” com as pessoas que decoravam as janelas das estreitas ruas de Santo António, do Hospital e outras e também com as que se alongavam por essas minguadas artérias em trajos de fantasia tantas vezes burlescos.
Até ao deflagrar da 1ª Guerra Mundial ficaram célebres os carnavais de 1910 e 1911 pela exuberância dos carros alegóricos e a imaginação e perfeição que a sua factura apresentava. Serve de exemplo o carro da Rainha do Carnaval de 1911: - Sobre um carro de bois, que um grande estrado prolongava, a coroada rainha sentava-se dentro de uma grande concha que um enorme cisne branco puxava!
Neste cortejo carnavalesco, que merece largos encómios do jornal Aveiro, "A Liberdade", se diz que nele figuravam vinte e tantos carros alegóricos, carruagens de Oliveira de Azeméis e quatro automóveis enfeitados, o que dá uma clara ideia do entusiasmo da população da vila e de outros concelhos pela deslumbrante festa.
E nos anos seguintes outros carnavais brilharam passada a 1ª Grande Guerra.
Na década de vinte os grupos "Modestos" e "Ala Nova" fizeram reaparecer os corsos com riqueza de ideias e de execução até 1930. Seguiram-se épocas de hiatos, por vários motivos, a que não foi alheia a pobreza da época e a 2ª Grande Guerra.
Ressurgiram depois, sobretudo no último quartel do séc. XX, com outros meios técnicos e muita música, outras ideias e influências exógenas, exuberante beleza feminina em escassa roupagem e com a concorrência de grupos infantis e das freguesias do concelho, transmitindo-lhe uma grandeza, aparato e graça que demonstram que mais de meio século não se passou em vão para a gente da nossa terra.
Fonte: António Homem Albuquerque de Pinho
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Henrique Vaz Velho, Médico

Frequentou o ensino primário em Alquerubim e o secundário, até ao 6º ano, inclusivé, no Liceu José Estevão, em Aveiro, tendo concluído o 7º ano no Colégio de Albergaria.
Depois matriculou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, onde se manteve até ao 4º ano, inclusivé, tendo concluído a licenciatura na Faculdade de Medicina de Lisboa, em 1968.
Entretanto, especializou-se em cirurgia cardiotorácica, passando a exercer a sua actividade nos Hospitais Civis de Lisboa, sendo efectivo e chefe de serviços no Hospital de Santa Marta de Lisboa (Chefe do Serviço de Cirurgia Cardio Torácica).
Em 2002 foi responsável por um transplante pulmonar duplo, acontecimento amplamente divulgado, nomeadamente através da televisão.
Desde Fevereiro de 2007 é responsável pelo sector de Cirurgia Cardio Torácica no Hospital da Luz em Lisboa.
Fontes: João Nogueira de Sousa e Melo, Jornal de Albergaria (26.11.2002) / Hospital da Luz

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Durit

Corria o ano de 1981 quando o Eng. Manuel Valente e o Dr. Flausino Silva reuniram mais cinco quadros da empresa metalúrgica em que trabalhavam [Minas e Metalurgia, actual Palbit] para dar corpo a um projecto empresarial que se tornaria pioneiro e exemplar no panorama da indústria portuguesa.
Operando na metalurgia de tungsténio, a Durit (que inicialmente se chamava Durite) produz ferramentas em metal duro sinterizado e apresenta como especificidade inovadora a sua preferência pelo fabrico de pequenas séries de grande complexidade e precisão.
O local escolhido para a unidade foi Albergaria-a-Velha [Zona Indústrial], "porque as pessoas envolvidas eram desta zona e porque já adivinhávamos que esta localização seria excelente no cruzamento da IP5 com a A1 e pela proximidade dos grandes Centros, do [então] aeroporto de Pedras Rubras e da Europa".
Adquiridos os 10 mil metros quadrados [iniciais] de terreno (...) reuniram o dinheiro que tinham disponível e apresentaram aos bancos o pedido de financiamento do projecto que seria depois considerado de "relevância industrial" pela Direcção-Geral da Indústria.
Manter-se na vanguarda tecnológica e disputar os mercados internacionais mais exigentes foram dois vectores subjacentes à criação da Durit que a empresa tem vindo a aprofundar e a desenvolver.

Grupo
A diversificação [e criação do grupo Durit] iniciou-se em 1985 com a constituição da Duromin, uma empresa de comercialização de ferramentas de perfuração [actualmente sedeada em Albergaria-a-Nova]. Posteriormente participa também em empresas como a Vitricer, a Helitene e a Moldit.
A nível internacional, e após a constituição de uma empresa técnico-comercial na Alemanha, a Durit adquiriu, em 1990, à companhia americana Hughes Tools, uma metalurgia de metal duro em São Salvador da Bahia (Brasil) reforçando, assim, a sua presença no mercado sul-americano. E em 1996 apostam na abertura da Durit Espanha.
Fonte: Pequena e Média Empresa (adaptado)
Grupo Durit (2009)

Grupo Durit (2011)

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Flausino José Pereira da Silva, Empresário

Flausino Silva nasceu na freguesia da Branca em 1938, sendo actualmente um dos mais importantes empresários do concelho.
Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia do Porto (1969), frequentou igualmente o 3º ano de Direito da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, bem como o 1.º ano do Curso de Estudos Europeus, da mesma universidade. Tem o Curso de Alta Direcção da AESE – Escola de Direcção e Negócios.
Desde Maio de 1952, é vasto o seu percurso profissional.
Está envolvido, desde 1981, em diversas actividades empresariais sendo Sócio fundador e gerente da Durit – Metalurgia Portuguesa Tungsténio,Lda., da qual é hoje Director-geral.
É igualmente Administrador do Grupo “Durit”, sendo Sócio e gerente/administrador das diversas empresas do grupo, nas quais se destacam a Duromin (Albergaria-a-Nova - desde 1985), a Moldit (Ul - desde 1991), Durit – Brasil (desde 1991), Durit – Espanha (desde 1996) e TeandM-Tecnologia e Engenharia de Materiais (Coimbra – desde o ano 2000).
A nível político foi deputado à Assembleia da República, tendo sido decisivo, durante a Vª legislatura, para a elevação de Angeja e Branca à categoria de vila.
Actualmente é vereador da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha.
Fonte: ACB
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Minas e Metalurgia (Palbit)

A empresa Minas e Metalurgia (actual Palbit) foi constituída em 1916 para assegurar a exploração das minas de Galena do Palhal e o fabrico e comercialização de metais e seus derivados.
Em 1941, a empresa foi adquirida por um dos mais importantes grupos empresariais portugueses, o Grupo SAPEC (de origem belga) expandindo a sua actividade, nomeadamente para o fabrico de ferramentas de perfuração, ferramentas de corte e componente metálicos.
A partir de 1954, a empresa alarga a sua gama de produtos com a introdução do fabrico de ferramentas em tungsténio, abrangendo assim o fabrico de todo o tipo de ferramentas em metal duro.
Fonte: www.palbit.pt (adaptado)
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Luís de Barros, Jornalista

Luís de Barros (Angeja, Albergaria-a-Velha, 14 de Outubro de 1941) é um jornalista português.
Frequentou a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, tendo iniciado a actividade jornalística em 1968 no jornal A Capital.
Foi subchefe de redacção do Expresso e director do Diário de Notícias (onde teve como director-adjunto José Saramago).
Também foi chefe de redacção, de O Diário e da agência Novosti, e editor do Diário Económico.
Na década de 70 foi Presidente do Sindicato dos Jornalistas (em 1973 e 1974, após a Revolução dos Cravos) e posteriormente Subsecretário de Estado da Comunicação Social nos II e III Governos provisórios.
É casado com a famosa jornalista e escritora Maria Teresa Horta.
Fonte: wikipedia
Curiosidade

No livro "Novas cartas portuguesas" (1972) de Maria Isabel Barreno, Maria Teresa Horta e Maria Velho da Costa existem algumas referências ao concelho de Albergaria-a-Velha.
A aldeia do Carvalhal é situada geograficamente no distrito de Aveiro e no Concelho de Albergaria-a-Velha mas é indicada a freguesia de Oliveira de Fráguas quando na realidade deveria estar Ribeira de Fráguas.
1) Carta de Ana Maria para o marido, emigrado no Canadá, e a resposta do marido.
"Carta de um homem de nome António, emigrado no Canadá há doze anos na cidade de Kitimat, na Costa Ocidental, frente às ilhas da Rainha Carlota e perto da fronteira do Alaska, a sua mulher de nome Ana Maria, da aldeia do Carvalhal, pertencente à freguesia de Oliveira de Fráguas, do concelho de Albergaria-a-Velha, distrito de Aveiro."
2) (...) “redacção de uma rapariga de nome Maria Adélia nascida no Carvalhal e educada num asilo religioso em Beja”
Fonte: Novos-arruamentos
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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
António José Rodrigues Soares (1831-1898)

O reverendo padre António José Rodrigues Soares nasceu em Carvalhal, Ribeira de Fráguas, em 11 de Dezembro de 1831 e era filho de José Soares Rodrigues.
Bacharel formado em teologia, radicou-se em Aveiro, tendo sido fundador, director e proprietário do Colégio Aveirense, o qual foi inaugurado em 1873 numa casa da Rua do Sol. Segundo Marques Gomes ("Memórias de Aveiro", pg. 109), o Colégio Aveirense "prestou assinalados serviços nos campos da instrução e da educação".
Faleceu em 16 de Outubro de 1898.
Fonte: Calendário histórico de Aveiro
Foto: Aspecto da rua de José Estêvão (Aveiro) e antigo Canal do Cojo, com aqueduto ainda completo e antigo Colégio Aveirense
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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Pelágio Oliveira Brandão, empresário (Fortaleza, Brasil)

Quando chega a Fortaleza começa a trabalhar com seu pai, o Sr. Pelágio Rodrigues Oliveira, que era sócio, com outros dois portugueses, da firma Abreu Oliveira & Cia Ltda, que englobavam a Padaria Lisbonense, a Padaria Lisboa e a Padaria Industrial.
Pelágio aprendeu tudo sobre o ramo de panificação e em 1946 – então com 25 anos – compra a Padaria Estrela, com dinheiro emprestado pelo pai, nascendo, assim, a Padaria Estrela no centro da cidade de Fortaleza (Ceará).

A partir dos anos 70, a empresa inicia o fabrico de biscoitos, abrindo uma subdivisão na produção da Padaria Estrela, que viria a constituir a semente da Fábrica Estrela, indústria de produtos alimentícios derivados de trigo.
Era o inicio daquele que é atualmente um dos maiores complexos industriais do Ceará -o Grupo PELÁGIO OLIVEIRA S/A que gera atualmente mais de 1.800 empregos.
No início dos anos 80, a empresa instala-se em Maracanaú (Ceará) e enceta também o fabrico de macarrão (e outras massas) em complemento do fabrico de biscoitos.
Essa decisão traduziu o grande salto da empresa, consolidando no mercado a marca Fábrica Estrela.
No final da década de 90, é introduzida a marca Pelaggio inovando com a produção de biscoitos Wafers e de Recheados com sabores mistos.
Fontes: Fábrica Estrela: (1) / (2) / O Povo online

Troféu “Martim Soares Moreno da Comunidade Portuguesa”
Pelágio de Oliveira Brandão é um homem de visão empreendedora e muita disposição para o trabalho cuja história faz parte da presença da Comunidade Lusa de Fortaleza, de Maracanaú e da propria imigração portuguesa no Brasil. É um elo entre o passado, presente e inesquecivel futuro.
O empresário português foi homenageado com o troféu “Martim Soares Moreno da Comunidade Portuguesa” que foi entregue no Dia de Portugal (10 de Junho de 2011).
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Origem da Igreja Metodista em Portugal

As minas do Palhal foram descobertas em 1744 por ingleses e diz a tradição que continham vestígios de indústria metalúrgica, do tempo dos mouros.
Em 1854, um engenheiro químico inglês, Thomas Chegwin, chegou às minas de cobre no Palhal e ali deu início a aulas para os mineiros e respectivas famílias, distribuindo as Escrituras às pessoas em geral.
O seu trabalho e a perspectiva seguiam as práticas metodistas. Mais tarde colaborou outro leigo, Joseph Ivy.
E é igualmente de realçar o trabalho do obreiro Marques Pereira (foto).
Na sequência do trabalho desses leigos foi aberto um trabalho no lugar de Palhal, desde o fim do século XIX da responsabilidade de cristãos, do Movimento de "Irmãos" - e que ainda hoje existe.
Fontes: Irmãos.net
Obreiro Viriato Sobral
José Fontoura
Manuel Marques Pereira
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