sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Celulose do Caima (II)


No ano de 1888 é fundada a “The Caima Timber Estate and Wood Pulp Company Ldª”, cuja actividade principal seria ao longo de mais de um século a produção de pasta para o fabrico de papel.

Para tal fim foi adquirida por 36 mil réis a vasta “Quinta do Carvalhal”, situada entre as freguesias de Ribeira de Fráguas e Branca, composta por casas de habitação, pinhais e terras lavradias, nas margens do rio Caima e o vendedor foi William Cruickshank, Director das Minas do Palhal, em Silva Escura - Sever do Vouga.

Nas enormes instalações fabris agora sem vida laboraram ao longo de gerações largas centenas de trabalhadores, tendo sido uma das maiores indústrias portuguesas, senão a maior durante algum período, com mais de um século de história e laboração.


Por volta de 1925 iniciou a comercialização de pasta de eucalipto. Em 1960 construiu a sua segunda fábrica – em Constância –, sendo pioneira na introdução de pasta TCF no mercado.

Em 1998 a COFINA adquire uma participação minoritária na companhia e, em Outubro do mesmo ano, anuncia o lançamento de uma OPA. Em Dezembro de 2000 são conhecidos os resultados da OPA, com a COFINA a garantir 85,3% do seu capital social, tendo optado por concentrar a actividade da empresa na fábrica de Constância.



Três gerações a trabalharem na Caima

José da Silva, dos 10 aos 65 fez um pouco de tudo. Nascido a 25 de Novembro de 1923, pouco tempo teve para gozar a meninice, já que saído da escola com 10 anos, logo seguiria as pisadas de seu pai, Manuel da Silva e foi como pequeno operário acartar carvão para as caldeiras de fogo da grande fábrica de produção de pasta de papel “Caima Pulp”, que entretanto com instalações totalmente renovadas em 1926 se tornaria a mais antiga fábrica de pasta de papel de eucalipto da Europa.


A quem interessa o abandono da Celulose do Caima ?

A quem lá trabalhava, não!... Mas não foram só os trabalhadores que ficaram sem o emprego, dezenas de fornecedores locais viram ir-se embora um bom cliente!

O encerramento total das instalações da Celulose do Caima S. A., em Fradelos - Branca, passando a sua actividade para a unidade indústrial em Constância, deixou ao abandono um património arquitectónico fabril, no valor de milhões de euros, e sem emprego, no lugar de Fradelos e em toda a região do Caima, largas dezenas de pessoas.

Fontes: Caima Jornal / Caima

Imagens: Lugares esquecidos / Prave

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Carlos Alves, o Luvas Pretas


Carlos Alves foi um famoso jogador, dirigente e treinador de futebol. Nascido em 1903, foi no Carcavelinhos, equipa lisboeta fundada em 1912, que passou os principais anos da sua carreira.

Foi internacional pela Selecção principal por 18 ocasiões, tendo participado nos Jogos Olimpicos de Amsterdão (de 1928) em que Portugal alcançou os quartos de final, sendo aí considerado um dos melhores defesas direito do torneio.

Do Carcavelinhos passou para o Académico Futebol Clube, da cidade do Porto, na época de 1931-32, aí se mantendo até à época de 1934-35, tendo depois jogado uma única época no Futebol Clube do Porto (1935-36), pois por essa altura problemas pulmonares atiraram-no para um sanatório, onde esteve durante dois anos.
 
Recuperado, passou a treinador do Farense, criando uma famosa equipa, a que se chamou "8.º exército" pela sua invencibilidade larga em todo o Algarve. Aliás, só não levou o clube à I Divisão no final dos anos 30, porque as regras não o permitiram. Contudo, o feitio algo difícil coartou-lhe maiores veleidades como treinador.

Refugiou-se, então, em Albergaria-a-Velha, onde permaneceria até morrer, orientando o Alba. Foi nesse clube que João Alves, o neto, começou a despontar para a glória.

Ainda recentemente, João Alves recordou os seus tempos de menino, em que viveu com o avô, Carlos Alves, em Albergaria. Tendo, na altura, referido que "Tive uma sorte imensa, pois o meu avô morava no campo do Alba, onde assim pude iniciar-me futebolista".

Luvas pretas

As luvas de Carlos Alves foram durante anos um dos maiores enigmas do futebol português. Alguns diziam que era o hábito, que como trabalhava com produtos químicos as utilizava para evitar mazelas e não era capaz de retirá-las em jogo. Outros que era para evitar que as unhas se escalavrassem porque também era tocador de guitarra.

Por fim ele explicou tudo. Era superstição, fora uma admiradora que lhas dera insinuando-lhe que se as utilizasse seria um dia campeão de Portugal. Foi. Pelo Carcavelinhos, seu clube de origem, em 1928.

Porque fora o avô Carlos que mais influência tivera na sua vida de futebolista, levando-o, embevecido, pela mão, ao primeiro treino, na Sanjoanense, João manteve a tradição das luvas pretas, que, assim, eram mais que um adereço, mais até que um símbolo, uma homenagem.

Fontes: “A Bola” / net (adaptado) / Eduardo Rego


Foto: Alba

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

João Castanheira, uma vida dedicada ao Sport Clube Alba


João Castanheira teve uma vida – 47 anos – dedicada à colaboração que prestou ao Sport Clube Alba não só na área onde provavelmente será mais conhecido, como responsável pelos equipamentos, mas também como jogdor (guarda-redes), massagista e treinador de jovens que confessava era a sua paixão.

João Castanheira nunca regateou esforços para ajudar em tudo o que era solicitado, tendo numa época sido “treinador de todos os escalões porque não havia dinheiro para pagar a treinador” e até o patrocinador – “Madeinorte” - foi por si angariado.

Recordava com nostalgia os momentos do Clube na 2ª divisão nacional e os treinadores com que trabalhou, desde Carlos Alves (avô do famoso João Alves), Calichio, Couceiro Figueira, Ruben Garcia, Janos Zargos e tantos outros.

Fonte: Manuel Lopes (adaptado) / Alba

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Alexandre Albuquerque (1875 - 1937)

Alexandre Correia Teles de Araújo e Albuquerque nasceu em Albergaria-a-Velha, na Casa-Solar da Rua de Cima.

Fez o Curso de Direito em Coimbra, durante o qual se distinguiu na vida académica, onde era conhecido pelo Xandre, tendo aí organizado as retumbantes festas do “Centenário da Sebenta” (...)

Concluído o curso, foi advogado em Albergaria e Estarreja, mas, cioso de maiores voos, foi eleito deputado em 1908 e fixou-se em Lisboa, tornando assento no Parlamento e dirigido o diário “O Liberal”, com fulgor impetuoso.

Foi nomeado sócio-correspondente da Universidade Hispano-Americana de Bogotá e condecorado com a Cruz da América Espanhola, conferida pela promoção do estreitamento de relações sócio-culturais entre os países lainos.

Implantada a República, continuando fiel aos ideais monárquicos, bateu-se nas incursões militares de Paiva Couceiro em Trás-os-Montes. Aceite a derrota, emigrou para o Brasil onde se fixou durante uma quinzena de anos de trabalho fecundo (...)

Foi convidado para Professor da Universidade de Belo Horizonte, honra que recusou porque, nessa época, o cargo implicava a perda de nacionalidade. Foi Secretário-Geral da Câmara do Comércio Português e do Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro (...)

Foi colaborador de vários jornais brasileiros (...) Ficou famoso o artigo em que previu o fim da I Guerra Mundial com pormenores minunciosos e tão nítidos que foi reproduzido em muitos jornais da América e da Europa.

Foi um orador eloquente e um tribuno combativo, um juriconsulto sabedor e arguto. Além de consagrado jornalista, foi autor dramático representado no Brasil e na Argentina, contista de mérito e poeta inspirado.

Dotado de uma vasta cultura humanista e de um talento fulgurante, evidenciou-se na vida brasileira pelas suas qualidades de espiríto, honestidade, carácter e bondade, de tal modo que, ao abandonar o Brasil, em 1926, lhe foi oferecido um almoço, presidido pelo Ministro das Relações Exteriores (...)

Foi recebido em Albergaria com a emoção de um filho renomado, como referem o “Jornal de Albergaria” e a “Gazeta de Albergaria”, os dois semanários locais da época.

Voltou depois a ser eleito deputado à Assembleia Nacional por duas vezes e faleceu em 1937 no exercício dessas funções pelo que lhe foi aí prestada sentida homenagem por vários dos seus pares.

Deixou um livro póstumo de poemas “Coração Exilado”. A saudade da nossa terra era tão profunda que um dia aqui disse que “o Monte mais alto da Terra é o da Senhora do Socorro, porque os albergarienses o vêem de qualquer ponto do mundo em que se encontrem.

Fonte: António Homem de Albuquerque Pinho, “Gente Ilustre em Albergaria-a-Velha”

Mais informações: guitarra de coimbra

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Serração de Soutelo


Sedeada na freguesia da Branca, em Soutelo, a sociedade "Marques, Silva & Pereira, Lda.", mais conhecida pela marca "Serração de Soutelo", é uma das mais antigas unidades fabris do concelho de Albergaria-a-Velha, com mais de meio século de actividade.

Francisco Marques Canastreiro foi o fundador da unidade fabril em Agosto de 1957, que posteriormente pertenceu a Manuel Fonseca Silva, Horácio Abrantes Pereira e Rosa Fátima Marques Fonseca, que a tornaram numa empresa de cariz familiar.


Os actuais sócios são Isabel Fernanda Marques da Fonseca e Horácio Abrantes Pereira, respectivamente filha e genro do anterior sócio Manuel Fonseca Silva.

A atividade principal da empresa passa pela serragem/corte de madeiras, carpintaria e confeção de paletes, e outras embalagens de madeira. A produção diária é de aproximadamente 60 m3. Ao longo dos últimos anos a empresa cresceu e adquiriu maquinaria que lhe permite transformar madeiras, em embalagens, cofragens, vigas, forros, soalhos, etc.


No dia das comemorações das "bodas de ouro", a unidade fabril sedeada na freguesia da Branca foi galardoada pela Associação Empresarial dos Concelhos de Sever do Vouga, Estarreja, Murtosa e Albergaria-a-Velha (SEMA) com o Troféu Prestígio. A Serração de Soutelo é ainda PME Líder desde 2009 e PME Excelência em 2012.

Foi recentemente atribuída à Serração de Soutelo a certificação FSC (Forest Stewardship Council), e PEFC (Programme for the Endorsement of Certification Schemes); este certificado vem atestar a conformidade da empresa relativa à cadeia de responsabilidade, e da rastreabilidade da matéria-prima proveniente da floresta até ao produto chegar ao consumidor. Reflecte também o compromisso voluntário da Serração de Soutelo em adotar práticas sustentáveis de produção, reproduzindo-se necessariamente em práticas sustentáveis com os parceiros de negócio, em toda a cadeia de valor.

Fontes: ATRA / Página oficial

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

João Ferreira da Cruz (Século XVIII)

Filho de Manuel Ferreira “O Novo” e de sua mulher D. Maria Rodrigues da Silva André, neto paterno de Manuel Ferreira “O Velho” e de sua mulher D. Ana João, e neto materno de António Rodrigues Branco e de sua mulher D. Marta André, todos de Albergaria-a-Velha.

O Cap. Dr. João Ferreira da Cruz, 1.º Senhor da “Casa e Capela de Santo António” em Albergaria-a-Velha, onde nasceu e foi baptizado em 31 de Janeiro de 1706 na Igreja Paroquial de Santa Cruz (...)

João licenciou-se em Direito Canónico e Civil pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em 27 de Julho de 1734, mandando então edificar a sua “Casa de Santo António” em Albergaria-a-Velha.

Casou em 23 de Setembro de 1735, (...) com sua segunda prima, D. Joana Maria Álvares (...) [que] Era filha dos Morgados da “Quinta e capela de Santo António” em Valmaior, Cap. Domingos Tavares de Carvalho e sua mulher D. Maria Álvares, neta paterna de dos Senhores da “Casa d’Assilhó” em Albergaria-a-Velha, e Morgados da “Quinta e Capela de santo António” em Valmaior, João Tavares de Carvalho e sua mulher D. Antónia Marques Tavares de Lemos, e neta materna de Domingos Álvares e de sua mulher D. Antónia Ferreira.

D. Joana viria a falecer poucos anos depois, em 2 de Setembro de 1743, na “Casa de Santo António”, sendo sepultada no interior da Igreja Paroquial de Santa Cruz, deixando quatro filhos de tenra idade: Helena Doroteia, Doroteia Helena, João Gualberto e Xavier.

O Dr. João emigrou na segunda metade da década de 40 para Mato Grosso, no Brasil, onde foi Ouvidor e ocupou mais tarde o alto cargo de Provedor da Fazenda Real, tendo regressado a Albergaria-a-Velha no final da década de 50, abandonando então a magistratura, passando a desempenhar o cargo de Capitão de Ordenanças. Por esta altura, mandou edificar a Capela da “Casa de Santo António”.

Fixando residência em Albergaria-a-Velha, voltou a casar, em segundas núpcias, em 4 de Novembro de 1755, na Capela da sua “Casa de Santo António”, (...) com Dª Antónia Luísa Clara, nascida em 28 de Maio de 1721, em Serém, Macinhata do Vouga, (...)

Era filha dos Senhores da “Quinta e Capela de Nossa Senhora do Amparo”, no Sobreiro, Albergaria-a-Velha, Agostinho João e sua mulher D. Ana Gomes, naturais de Serém.

Desta forma, o Cap. Dr. João, 1.º Senhor da “Casa e Capela de Santo António” em Albergaria-a-Velha, tornou-se também Senhor da “Quinta e Capela dos Morgados de Santo António” em Valmaior e da “Quinta e Capela de Nossa Senhora do Amparo” no Sobreiro, por herança de suas mulheres, e para além destas de mais quatro capelas que não conseguimos descobrir quais fossem, ficando conhecido pelo “Senhor das Sete Capelas”.

Através da leitura dos Livros Paroquiais, podemos constatar que o Cap. Dr. João foi padrinho de dezenas de baptismos e casamentos em Albergaria-a-Velha, onde faleceu em 2 de Dezembro de 1763, na sua “Casa de Santo António”, sendo sepultado dentro da Igreja Paroquial de Santa Cruz.

Fonte: Delfim Bismarck Ferreira (adaptado)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Francisco da Silva Matos compõe "O Albergariense" (1904)


Francisco da Silva Matos nasceu em Ovar em 20 de Janeiro de 1878. De 1903 a 1911, regeu a Banda Amizade, de Albergaria-a-Velha, tendo aqui composto as seguintes obras:

O Albergariense, 1904, Marcha Militar.
Murmúrios do Vouga, 1905. Sinfonia.
O Kaiser, 1905, Marcha Militar.
Ivana — Ode sinfónica. 1907
Alice, 1911. Polka de cornetim.
Paródia a um fado, 1907, Marcha Militar.
Violeta, 1907. Marcha Grave.
Morena, 1910, Mazurka para violino e piano.

Fontes: "Ovar na literatura e na arte" - António Baptista Zagalo dos Santos, GeneAll

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Filarmónica Albergariense e Banda Alba



A denominada Philarmonica Albergariense terá existido desde 1860, embora só tenha sido criada oficialmente por escritura de 10 de Março de 1878.

Entretanto surgiu a Banda dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha em 1932, a qual foi extinta em 1937 e transformada em Banda de Albergaria (e Banda da Amizade Albergariense em 1938) que, embora já não estando relacionada com a Associação de Bombeiros, utilizava ainda o seu instrumental.

Em 29 de Setembro de 1938, passa a chamar-se Banda de Música de Albergaria-a-Velha, sendo então já completamente dependente das Fábricas ALBA, passando rapidamente a denominar-se Banda das Fábricas Metalúrgicas ALBA, mais conhecida por “Banda ALBA”, que se estreou na noite de 22 de Abril de 1939.

Com a pujança que esta banda foi adquirindo, devido ao forte apoio das Fábricas ALBA, a Philarmónica Albergariense ainda resistiu aproximadamente uma década, sendo posteriormente “absorvida" pela Banda ALBA.

Também a Banda ALBA acabaria por se extinguir na década de 60, criando uma lacuna na educação musical e cultural na sede de Concelho.

Fonte: adaptado de Delfim Bismarck Ferreira, Jornal de Albergaria (11.09.2001) / Fotos: Revista Albergue



sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Silvino Vidal (1850-1937)

João Silvino Vidal foi um poeta, novelista e teatrólogo luso-brasileiro que nasceu em Albergaria-a-Velha em 22 de Março de 1850.

Em 1865, após o falecimento da sua mãe, foi viver, com o Pai e a irmã, para Porto Alegre, no Brasil.

O seu primeiro poema conhecido foi publicado no jornal Álbum Semanal, dessa cidade, em 1872. Em 1874, editou, juntamente com Damasceno Vieira e Múcio Teixeira, o jornal O Mosquito que duraria pouco tempo.

Foi membro bastante activo do "Partenon Literário" em cuja revista publicou três contos e diversos poemas. Também pertenceu à Sociedade Ensaios Literários, em cujas revistas publicou diversos textos em prosa e poesia entre os anos de 1874 e 1877.

Mudou-se depois para Rio Grande, onde colaborou em jornais como Diabrete, Eco do Sul e Diário de Rio Grande. Publicou de seguida os livros "Margaridas" (prosa, 1880) e "Aquarelas" (poesia, 1885). Colaborou também na Revista Literária, de Porto Alegre entre os anos de 1881 e 1882.

Morreu em Pelotas, Brasil, em 4 de Julho de 1937.

Os seus dados biograficos constam da "Enciclopédia de literatura brasileira".

Obras

Margarida (1880) - Prosa
Aquarelas (1885) - Poesia
Dutra & Cia. - teatro

Artigos [Revista do Partenon Literário]

- Prosa

A possessa (conto, nº 1, 1869)
Página Intima (conto, nº 11, 1874)
Que destino! (romancete ultra-romântico, nº 4-5, 1876)
C... (conto, nº 8, 1877)

- Poesia

A douda (nº 4, 1874)
O Suicida (nº 6, 1874)
Isolamento (nº 12, 1874)
Impressões (nº 5, 1875)
Enfim (nº 10, 1875)
Êxtase (nº 12, 1875)
Nênia à memória de Adelina Teixeira (nº 5, 1876)

Outros Artigos

Lágrimas Sobre o Túmulo (Eco do sul, 22/09/1876)
Cena de Familia (Eco do Sul, 24/10/80)

Curiosidades

Também assinava usando as suas iniciais S. V. O autor aparece várias vezes referenciado como João Gualberto que era o nome do seu pai.

Em 2003, Artur Emilio Alarcon Vaz apresentou a comunicação "Silvino Vidal: um português na Revista do Partenon Literário."

Fontes: wikipedia, Eco do Sul / Delfim Bismarck (Jornal de Albergaria)

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

João Eduardo Nogueira e Melo (1844-1915)

Nasceu em Alquerubim em 1844. Seu pai era de uma família de proprietários e lavradores ricos e sua mãe era de uma destacada família de Angeja.

Habituado desde muito novo à vida do campo e dela conhecedor, foi, no entanto, por determinação paterna, fazer o Curso de Direito na Universidade de Coimbra, o qual concluiu em 1870.

Regressado à sua terra, de início repartiu a sua actividade entre a agricultura e a advocacia onde depressa veio a criar nome pela sua argúcia e saber.

Atraído para a política pelas amizades que foi criando em Aveiro, veio a ser nomeado Admnistrador do Concelho de Albergaria-a-Velha e, pouco tempo depois, concorreu à Câmara, tendo vencido as eleições. Foi Presidente entre o começo de 1893 e finais de 1895, mostrando sempre grande empenhamento na continuidade das obras em curso, como a dos Paços do Concelho e a das vias de comunicação.

Contribuiu igualmente para dotar a freguesia de Alquerubim de uma boa rede de estradas bem como para pacificar as provocações alarmadas com as constantes provocações, desacatos e violências do chamado Rei de Paus.

Fez dividir os baldios paroquiais em lotes, distribuindo-os para aforamentos e aproveitando o produto do seu rendimento para melhoramentos locais.

Por força das excelentes relações políticas foi eleito Procurador à Junta Geral do Distrito, na qual se manteve largos anos, batendo-se por maiores benefícios para a Região do Baixo Vouga. (...)

Faleceu em Outubro de 1915, na sua casa de Alquerubim, depois de longa e penosa doença.

Fonte: António Homem de Albuquerque Pinho, “Gente Ilustre em Albergaria-a-Velha” (adaptado)

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

ARMAB - Associação Recrativa e Musical Amigos da Branca


Fundada a 3 de Março de 1940, a ARMAB – Associação Recreativa e Musical Amigos da Branca nasceu à sombra da igreja, para solenizar as cerimónias litúrgicas e animar as festas religiosas.


Após o seu ressurgimento em 1976, sobretudo pela iniciativa de Gualdino Silva, foi fomentada a aposta na formação através de uma Escola de música própria.


Actualmente, sob a direcção artística do Maestro Paulo Martins, a banda direccionou-se, na última década, para novos públicos e para uma nova forma de trabalho, mais profissional, conseguindo atingir um nível artístico pouco comum no nosso país.

Constituída por 85 elementos, a Banda prepara anualmente 3 temporadas – Natal/Ano Novo, Primavera e Verão – com repertório específico para concerto em sala, concerto ao ar livre e festas populares.


Durante muitos anos, a Associação utilizou as instalações da antiga Escola Primária das Laginhas, dispondo actualmente das instalações funcionais e modernas do Centro Cultural da Branca, nomeadamente de uma sala de ensaio geral que é uma das salas de maior dimensão do Centro Cultural.

Fonte: Armab (adaptado)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Centro Cultural da Branca

O Centro Cultural da Branca (CCB) foi inaugurado em 29 de Abril de 2006. Com um investimento superior a 2 milhões de euros, o novo espaço vem ao encontro das expectativas dos munícipes, de colectividades e associações, em particular da Jobra e da Associação Recreativa e Musical “Amigos da Branca” (ARMAB).

Para além de um auditório com 180 lugares, uma biblioteca e um bar, possui quatro tipos de salas, com características e funcionalidades bem distintas.

Cinco salas administrativas, nove salas de aulas (de média dimensão, equipadas com quadros de ardósia e materiais de apoio, onde terão lugar aulas teóricas de música); 12 salas de instrumentos individuais (estes espaços têm um tamanho mais reduzido e possuem isolamento acústico, de forma a permitir a prática musical de forma recolhida e concentrada); uma sala de ensaio geral (exceptuando o auditório, é a maior sala do Centro Cultural, sendo utilizada para os ensaios da Banda da ARMAB).

Fonte: net

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Conservatório de Música da Jobra (CMJ)


O Conservatório de Música da Jobra (CMJ) foi criado no dia 3 de Outubro de 1986 como Escola Particular de Ensino Livre (...) No dia 3 de Agosto de 1994, o CMJ foi reconhecido como Escola de Ensino Oficial Artístico, tendo, numa primeira fase, ministrado os cursos básicos de Piano e Viola Dedilhada e, posteriormente, alargado o seu âmbito aos cursos de Flauta Transversal, Clarinete, Violino, Saxofone, Flauta de Bisel, Trompete e Percussão.

Atendendo às provas de qualidade, organização e dinamismo demonstradas, foi-lhe atribuída a autorização definitiva de funcionamento em 20 de Julho de 1999 pela Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), tendo a sua acção sido altamente valorizada pela inauguração do Centro Cultural da Branca em 29 de Abril de 2006.

No ano lectivo 2006/2007, o Conservatório abriu o curso básico oficial da Dança, reconhecido pela DREC, sendo a única escola a ministrar este curso no distrito de Aveiro, transformando-se numa verdadeira escola artística. Paralelamente, começou a ministrar o Curso Livre de Danças de Salão.

Continuando o seu desenvolvimento natural, no ano lectivo de 2007/2008, abriu diversos cursos em regime livre (Pintura, Teatro e Hip Hop) e criando também uma disciplina chamada Garage Band. Por outro lado, o curso de Música foi estruturado de forma a estar presente em todas as etapas da vida dos jovens (dos três meses de idade até à entrada para o ensino superior), com a criação da disciplina Música para Bebés e da Pré-iniciação.

No ano lectivo de 2008/2009, o CMJ apresenta várias novidades, com especial destaque para a abertura de dois Cursos Profissionais, de Nível III (10º, 11º e 12º ano): Instrumentista de Sopros e Percussão e Artes do Espectáculo - Interpretação, homologados pela DREC e com a possibilidade de encaminhar os alunos para o Ensino Superior.

Paralelamente, dá-se a abertura do Curso de Música Pop Rock e Jazz, um projecto inédito a nível nacional, e que apresenta como principais objectivos a promoção da formação artística, a dinamização da vida artística da região e o acesso ao ensino superior, na área do Jazz, no Porto, Lisboa e Évora.

Fonte: net (adaptado)

Videos: JobraCanal, Promocional

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Marquesado de Angeja


Marqueses de Angeja

Marquês de Angeja é um título nobiliárquico criado por D. João V de Portugal, por carta de 21 de Janeiro de 1714, a favor de D. Pedro António de Menezes Noronha de Albuquerque, 2º conde e 13º Senhor de Vila Verde. Era filho de D. António de Noronha, 1º conde e 12º Senhor de Vila Verde.

Opinião de António Homem Albuquerque Pinho

A História de Angeja não carece de figuras que não foram suas, mas se apropriaram de seu nome, nem necessita de criar mitos e repeti-los como verdades, nem de se lamentar com a interrupção do marquesado de Angeja de 1827 a 1870 como justificação relevante na supressão do concelho da Villa de Angeja porque lhe faltaram protectores, como se o seu caminhar dependesse de cunhas e favores e não dos factores sócioeconómicos que contribuíram para as mudanças no século XIX.

(...) para mim as melhores páginas da história de Angeja foram escritas pelo seu povo, ao longo dos séculos (...)

O denominado pomposamente palácio não era mais do que residência do procurador, celeiro e adega.

[O procurador recebia os rendimentos que eram resultado da benesse régia]

Fontes: António Homem Albuquerque Pinho, “Angeja - Vila do Baixo Vouga” (1997); Angeja.no.sapo, wikipedia

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

José Mourisca, Conselheiro (1872-1945)


Era natural de Albergaria-a-Velha onde nasceu em 1872 oriundo de uma família numerosa dedicada à vida comercial. Fez o liceu em Aveiro e concluiu o curso de Direito em Coimbra, em 1895.

Seguiu a carreira da Magistratura, apenas interrompida durante o período da República em que foi eleito deputado pelo Distrito de Aveiro, em 1921.

Regressado à carreira jurídica, prosseguiu-a com brilho, tendo sido Desambargador e depois Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça.

Dedicado à Jurisprudência, publicou numerosos artigos em revistas da especialidade, até que passou a dirigir a prestigiada “Revista da Justiça”, à frente da qual se manteve durante onze anos. Publicou, ainda, várias obras de foro jurídico, destacando-se um “Código do Processo Penal Anotado”, em 4 volumes.

Já no final da carreira comprou o “chalé” no Largo da Estação, desta vila, onde vinha com a família passar algumas temporadas e conviver com os amigos da juventude.

Foi sempre um republicado liberal, consevando os seus ideais democráticos com discernimento e coerência, pois era dotado de “uma dignidade sólida e de uma rectidão indefectível” (in “Revista da Justiça”, 10.10.1945).

Faleceu em Lisboa, em Setembro de 1945, e o seu funeral fez-se para o cemitério de Albergaria por sua deliberação expressa.

Fonte: António Homem de Albuquerque Pinho, “Gente Ilustre em Albergaria-a-Velha”

O seu filho Carlos Mourisca foi um famoso advogado, tendo participado no célebre processo Herança Sommer.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Alexandre de Sousa Melo, Conselheiro (1847-1926)

Era natural de Paus, freguesia de Alquerubim, onde nasceu em 1847, no seio de uma família que teve longa influência na região. Fez o curso de Direito na Universidade de Coimbra e seguiu a carreira da magistratura.

Em 1881 foi promovido a Juíz e, após ter desempenhado com relevo esse cargo em várias comarcas, foi promovido a Desambargador e colocado na Relação do Porto, em 1905.

Conservando a sua residência no palecete que fora do Comendador Ferreira Tavares, aqui vinha não só passar férias, mas em visitas frequentes pelo que pertencia a todos os organismos associativos locais e tomava parte em todas as tertúlias albergarienses que animava com a sua cultura assim como nos carnavais em que, no início do século, desfilava com a família no seu automóvel engalanado, objecto raro na época.

Em 1912 foi promovido a Conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça, tendo sido o primeiro albergariense a alcançar o posto mais alto da magistratura.

Aposentado cinco anos mais tarde, fixou-se definitivamente no seu palacete, no Largo que hoje tem o seu nome. Colaborou com alguma frequência nos semanários locais “Correio d’ Albergaria” e “Jornal de Albergaria”, sobretudo em artigos de interesse local.

Faleceu em Agosto de 1926.

Fonte: António Homem de Albuquerque Pinho, “Gente Ilustre em Albergaria-a-Velha”

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Apresentação de dois novos livros

"A Terra de Vouga nos séculos IX a XIV - Território e Nobreza"

O livro "A Terra de Vouga nos séculos IX a XIV - Território e Nobreza", da autoria de Delfim Bismarck Ferreira, com edição da ADERAV, será apresentado no dia 11 de Dezembro, pelas 18.30, no auditório da antiga Capitania de Aveiro.

O livro conta com uma Apresentação da autoria de José Mattoso e um Prefácio de Leontina Ventura.

A Terra de Vouga corresponde aos actuais concelhos de Águeda, Anadia, Aveiro, Ílhavo, Oliveira do Bairro e Vagos, bem como parte dos de Albergaria-a-Velha, Mealhada e Sever do Vouga. Partindo de um território individualizado na documentação medieval, a terra de Vouga, o autor procurou caracterizar e compreender este espaço e o protagonismo da nobreza nele inserida, desde meados do século IX até ao final do primeiro quartel do século XIV, termo do reinado de D. Dinis

Fonte: Novos-Arruamentos, Geneall

Moinhos do Distrito de Aveiro

A cerimónia de lançamento do livro “Moinhos do Distrito de Aveiro”, da autoria de Armando Carvalho Ferreira, está marcada para 13 de Dezembro (16h), na Sala dos Actos Académicos (Edifício da Reitoria da Universidade de Aveiro).

Resultado de um trabalho de recolha e investigação ao longo de vários anos, a obra pretende dar a conhecer o valioso património molinológico da região, a grande maioria dele desconhecido ou esquecido.

O autor é natural de Albergaria-a-Velha, membro da TIMS (Sociedade Internacional de Molinologia), membro e colaborador da Rede Portuguesa de Moinhos e sócio da ADERAV (Associação para o Estudo e Defesa do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro). Participou nas escavações arqueológicas efectuadas nas Mamoas do Taco, em Albergaria-a-Velha e em Cristelo, na Branca, ambas na década de 80.

Fonte: Região de Águeda

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Clube Desportivo de Campinho


O Clube Desportivo de Campinho foi fundado em 24 de Março de 1981 no popular bairro de Albergaria-a-Velha, por nomes como Augusto Pinto da Silva ou António Bastos Marques.

Na presidência estiveram nomes como Eduardo Gonçalves ou o actual Presidente da Direcção, Eugénio Gonçalves Daniel.

A sede social foi erguida num espaço totalmente degradado onde antes funcionou o quartel dos bombeiros de Albergaria-a-Velha, na rua Eng. Duarte Pacheco. O prédio cedido pela Câmara Municipal foi recuperado, ao longo de 3 anos, por duas direcções, tendo a sede sido inaugurada em fins de 1993.

Ao longo da sua história tem promovido modalidades tão diversas como o Atletismo, o Basquetebol, o Futebol de Cinco, a Natação, o Campismo, o Karaté e o Culturismo. Em 1994 o grupo tinha 1300 sócios e era a colectividade desportiva concelhia com maior número de associados.

Promove anualmente uma Excursão à torreira e o Grande Prémio de Atletismo de larga tradição na região.

Fonte: CDC; Mário Martins (foto)

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Manuel Luiz Ferreira Tavares (1815-1889)



Manuel Luiz Ferreira Tavares Pereira da Silva, conhecido como “Alferes da Fonte” nasceu em 20 de Janeiro de 1815, pertencendo à ilustre e muito antiga “Família dos Luizes”.

Filho do Capitão Miguel Luiz Ferreira Tavares Pereira da Silva, casou com Dª. Jacinta Clara de Jesus Ferreira Pires, filha dos 3ºs senhores da “Casa do Matinho” João Marques Pires e de D. Maria Clara Ferreira.

Associado a seu irmão José Luiz Ferreira Tavares, foi um dos primeiros industriais de Abergaria e talvez do distrito, fundando uma indústria de serração (conhecida por "a máquina" devido a possuírem uma máquina de injecção, situando-se entre o lugar da Semouqueira e a Estrada Real Lisboa-Porto, próximo do Taco, actual Zona Industrial de Albergaria-a-Velha ) e, em 1872, a Fábrica de Papel de Vale Maior

Assim, principalmente nos anos de 1878 a 1880, a “Ferreira & Companhia” tornou-se numa das empresas com maior volume de negócios do país, e o Alferes Manuel no maior industrial do Distrito de Aveiro do seu tempo.

Herdou a "Casa da Fonte", em Albergaria-a-Velha, onde viveu e faleceu em 1 de Julho de 1889, deixando uma vasta e ilustre prole.

Era pai de Francisco Luíz Ferreira Tavares, Barão do Cruzeiro, e José Luíz Ferreira Rodrigues, Visconde dos Lagos.

Fontes: adaptado de Albuquerque Pinho,“Gente Ilustre em Albergaria-a-Velha” e Delfim Bismarck, Revista Patrimónios nº 4 Maio 2004

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Jobra - Associação de Jovens da Branca


A JOBRA (acrónimo de Jovens da Branca) surgiu, em Dezembro de 1969, no, então, lugar da Branca, na sequência da dissolução da JAC - Juventude Agrária Católica, tendo como princípios base a ocupação dos tempos livres dos jovens mediante a promoção de actividades de índole socio-cultural, recreativa e desportiva.

Desde a sua constituição, os associados da JOBRA orientaram-se sob valores católicos, tendo sempre obtido a colaboração dos párocos da Branca. No entanto, em 1982, a JOBRA decidiu libertar-se da "tutela" da Igreja, tendo então sido formalizada a sua constituição enquanto Associação.

A constituição da Associação coincidiu com a criação de um grupo Coral, sob a égide do Maestro Manuel Pinto, tendo sido, posteriormente, alargado o seu âmbito de actuação mediante a criação das secções de Teatro e Danças. Estas três secções motivaram a realização de espectáculos culturais, entre 1976 e 1988, tendo por atracção o Professor Marcos do Vale, famoso hipnotizador da região, que sempre colaborou graciosamente com a JOBRA.


A criação da Escola de Música, actual Conservatório de Música da Jobra, foi outro dos momentos importantes da sua história, contribuindo para a formação cultural e musical dos jovens da Branca e freguesias limítrofes.


A JOBRA obteve igualmente uma grande expansão das actividades desportivas, com ênfase para o Badminton, com vários campeões regionais e o Futebol de Salão, ambas já desactivadas, e o Atletismo, com atletas de renome como Marina Bastos, Ricardo Barbosa e, mais recentemente, Joana Nunes.


Apenas em 1987, a JOBRA teve acesso a um recinto desportivo polivalente, o que possibilitou a criação das secções de Voleibol, já suspensa, e Andebol [entretanto desactivada], que tem obtido um assinalável sucesso. No entanto, o facto do recinto ser descoberto motivava a necessidade de recorrer ao Pavilhão da Escola Secundária de Albergaria-a-Velha para aí realizar, durante a época de Inverno, os treinos e jogos das equipas de Andebol.


Mais recentemente, a inauguração do Pavilhão da Branca e do Centro Cultural da Branca foram fundamentais para a consolidação das actividades promovidas pelas associações da Branca, nomeadamente da Jobra.

Mais informações

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Miguel Marques de Lemos, Professor


Nasceu em 14 de Agosto de 1899 na freguesia de S. João de Loure, concelho de Albergaria-A-Velha.

É considerado um dos melhores Professores que passou pela Escola Visconde de Salreu, estando incluído na lista de invididualidades biografadas nos "sites" da Câmara Municipal de Estarreja e da Junta de Freguesia de Salreu.

Devido ao seu talentoso modo de ensinar foi-lhe atribuída uma Comenda pelo Almirante Américo Tomás, na altura Presidente da Republica.

Além da sua actividade como Professor, foi Vereador na Câmara Municipal de Estarreja e teve vários cargos nos corpos gerentes da Banda Visconde de Salreu.

O seu corpo, assim como o da sua esposa, jaz no cemitério de Salreu.

Fontes: Município de Estarreja, Junta de Freguesia de Salreu

Curiosidade

A Escola de Vale de Castanheiro foi inaugurada a 14 de Abril de 1989, pelo então Ministro da Educação Dr. Roberto Carneiro, tendo recebido o nome de “Escola Professor Miguel Marques de Lemos”.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Arquivo Municipal: Protocolos com privados

Quinhentos anos de história estão compilados em milhares de documentos que passam a estar reunidos no novo Arquivo Municipal de Albergaria-a-Velha. O arquivo da própria Câmara - que integra actas, plantas e registos oficiais -, testamentos com mais de 200 anos, cartas de foral, documentação das três sedes de concelho localizadas em Angeja, Frossos e Paus e registos locais únicos - tudo está agora ao dispor da população e de investigadores.

No dia da inauguração do Arquivo Municipal, a autarquia assinou protocolos com os detentores da antiga Fábrica Alba e da antiga Companhia de Celulose do Caima com vista à entrega de documentação importante para o fundo local do concelho. A primeira entregou à autarquia as pautas da extinta Banda Alba e a segunda os arquivos que são marca documental do funcionamento da fábrica.

A Câmara quer continuar a estabelecer protocolos com privados que tenham em sua posse património documental de extrema relevância para a história do concelho. Estes protocolos apresentam duas vertentes. Uma estabelece a doação dos documentos à autarquia e a outra visa a entrega da documentação ao município, passando esta a ser uma entidade de salvaguarda daquele património.

Um exemplo de doação foi o de Jorge Figueiredo, neto do proprietário da Tipografia de Albergaria, de quem herdou uma colecção de 801 jornais da região do Vouga datados entre 1888 e 1945. Este espólio encontra-se agora disponível para consulta do público em geral no Arquivo Municipal, que dispõe de um moderno equipamento de procura de documentação desenvolvido no âmbito do programa Sal-On Line. Trata-se da digitalização dos documentos para uma melhor visualização e fácil utilização. A Câmara assegura que é um método simples de consulta, acessível a todos. (...)

Fonte: adaptado de Diário de Aveiro (Carmen Martins)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Referência a Telhadela em obra literária de Ranulfo Prata

 

Ranulpho Prata (1896-1942) foi um médico e escritor brasileiro nascido em 1896 em Lagarto (Sergipe) mas radicado em Santos. Foi autor, entre outros livros, de “O Triunfo” (1918), "O Lírio na Torrente" (1926) e “Navios Iluminados” (1937).

No seu romance "Navios Iluminados" existe uma referência a Telhadela, de onde é natural a esposa de Manuel Milagre. Possivelmente Ranulpho Prata terá contactado com portugueses oriundos de Telhadela radicados em Santos, sendo um dos mais destacados António Domingues Pinto.

Manuel Milagre é o dono da pensão em que mora o personagem principal da trama, o migrante nordestino José Severino de Jesus, e seu amigo, Felício.



Extracto do livro

"Seu Manuel Milagre, logo que veio de Portugal, empregou-se na Companhia, onde estava há 23 anos. Fez carreira. Começando como guincheiro, a trabalhar nas pontes volantes (...).

Viera casado da terra já com filha, a Florinda. Mas, a mulher, arrancada aos ares bons de Telhadella, freguesia de Ribeira de Frágoas, estranhou o clima de Santos, adoeceu, morrendo pouco tempo depois. Milagre sentiu com sinceridade. Mas, a vida não deixou que ele fosse fiel à memória, como desejava. Era pobre, precisava de ajuda da mulher, tinha filha pequena para criar. Casou-se com a brasileira Francisca, uma das primeiras amizades da defunta."


Extractos de tese de Alessandro Atanes 

É na Rua João Alfredo que fica o chalé do português Manuel Milagre. De lá, Milagre e seus dois inquilinos, José Severino e Felício, caminham por 15 minutos até o cais. O primeiro, com décadas de serviços prestados à companhia, dirige-se ao guindaste; os outros dois vão para a carga ou serviços gerais. Milagre, empregado da companhia desde a primeira década do século XX, se não fosse um personagem, seria um dos 23.055 portugueses que somavam 25,89% da população de Santos em 1913.(...)

A migração e a imigração são dois assuntos que estão nas páginas do romance de Ranulpho Prata. Nenhum dos personagens principais é sequer santista. José Severino de Jesus e seu amigo Felício são baianos, de Patrocínio do Coité; Manuel Milagre e a esposa Sá Francisca, que alugam um quarto do chalé aos dois amigos, são portugueses. A filha de Manuel, Florinda, que se casa com Severino, é a única personagem do núcleo principal que nasceu em Santos. Os tipos da narrativa são formados por migrantes nordestinos que buscam trabalho urbano (...)

Fontes: Novos-Arruamentos / Revista Pausa (capa de livro) / Alessandro Atantes 

Mais informações sobre o livro e o autor: Armonte / Estadão (reedição)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008